A Juventude e a política, a política e a juventude II, Por José Aderivaldo.


Quem acompanha nosso blog já teve a oportunidade de ler o post “a juventude e a política, a política e a juventude” no qual tentei destacar que a participação dos jovens na política não deve se resumir a sua participação em passeatas ou coisa do tipo. Aventurei-me, inclusive, a destacar alguns jovens que poderiam se inserir na política como candidatos.

Ocorre que nesta semana foi divulgada a quantidade de eleitores de Santa Luzia aptos a votarem esse ano que é 11.668 (ressalte-se: onze mil seiscentos e sessenta e oito eleitores). Destes, o segmento da juventude tem 2.165 (ressalte-se também: dois mil cento e sessenta e cinco eleitores) algo equivalente a 19% do eleitorado. Se o coeficiente eleitoral de 2008 que foi 1.085 votos se repetisse esse ano, poderíamos dizer que a juventude sozinha teria condições de eleger dois vereadores!

Reafirmo aqui o que já disse na postagem anterior: infelizmente, o papel que a juventude tem exercido na eleição é apenas resumido a participar dos eventos da campanha ou votar em um candidato, seja x ou y, induzida pelas práticas sub-reptícias de cooptação. A juventude é preciosa de mais para ficar nisso. Ela tem a força e a ousadia necessárias para fazerem as forças políticas agirem, se mexerem e se esforçarem para encontrar alternativas para os problemas de Santa Luzia. Infelizmente, parcela significativa desta juventude tem passado por processos de alienação e desmobilização através de programações radiofônicas, eventos, atuação de formadores de opinião que remontam ao Panem et circense. Esse panorama começa a sofrer alguns deslocamentos e mudanças representados nos muitos depoimentos de insatisfação com a atenção que os jovens Santaluzienses tem recebido.

Mas, até que ponto a postura da juventude, nesta eleição, será mais ativa e crítica? Quem serão os jovens que se disponibilizarão a concorrer às eleições? Qual grupo de jovens terá a atitude de chamar os candidatos a prefeito para um debate e para firmar um compromisso público de priorizar ações para este segmento? E quem será o candidato que ganhará a simpatia da juventude e se tornará seu representante? São os desdobramentos da campanha eleitoral que mostrarão quais tendências se consolidarão.




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