Veto a projeto que propõe doação de carros revolta entidades

Dirigentes de diversas entidades sociais, sindicais e filantrópicas ficaram revoltados com o veto do governador do estado, ao projeto de lei de autoria do deputado estadual Frei Anastácio (PT), que propõe a doação de 20% de veículos automotores, apreendidos pelo DETRAN e Companhia de Trânsito, para doação, durante os leilões que o estado realiza. “Já que hoje é Dia de Criança é bom dizer que muitas delas iriam ser beneficiadas com esse projeto, através da doação de carros às entidades filantrópicas e conselhos tutelares”, disse o deputado.
O projeto, de acordo com o deputado, iria beneficiar muitas entidades que não dispõem de transporte. “Foi aprovado pela Assembléia, com grandes elogios dos deputados, e das entidades que iriam ser contempladas, mas o governador do estado não quer que esse benefício seja concedido aos que mais precisam”, lamentou Frei Anastácio acrescentando que espera uma derrubada do veto na Assembléia legislativa. Se isso acontecer, o projeto se transforma em lei.
O petista disse que o projeto foi apresentado, a partir da constatação de que muitos veículos apreendidos são destruídos pelo tempo nos pátios do Batalhão de Trânsito, sem nenhuma utilidade. “São veículos que se amontoam, ao relento, enquanto muitas instituições e entidades precisam de um transporte e não podem comprar. É comum que veículos apreendidos pelos órgãos executivos permaneçam por longos períodos nos depósitos, sem que seus proprietários regularizem as pendências existentes”, disse o deputado Frei Anastácio.

O parlamentar lembra que esses veículos, frequentemente, ficam expostos à ação implacável do tempo e deterioração de sua estrutura física, até se tornarem absolutamente inservíveis e sem valor.

“Por isso, acredito que ao doá-los para conselhos tutelares e instituições filantrópicas, o
 poder público daria um destino útil para esses veículos e ajudaria a limpar, de forma ecologicamente correta, os pátios públicos”, afirmou.
Frei Anastácio disse que muitas instituições que prestam assistência à criança, ao adolescente e ao idoso, espalhadas pela Paraíba, têm suas atuações restringidas, pela falta de equipamentos para a realização das atividades, a exemplo de veículos para o deslocamento de pessoal e auxílio aos serviços.

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