PRF e MP constatam 26 prefeituras desviando função do transporte escolar
Foram lavrados 79 autos de infração de
trânsito, alguns condutores sequer eram habilitados na categoria “D”.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério Público do Estado da
Paraíba (MP-PB) concluíram à meia noite da última sexta feira (19), em Campina
Grande, a Operação Caminho Desviado. A operação teve como objetivo a
fiscalização dos ônibus utilizados no transporte de estudantes, em especial aos
veículos adquiridos através do Programa Caminho da Escola.
Ao todo, vinte e seis prefeituras foram identificadas, em tese, cometendo
desvio de finalidade na utilização indevida
dos ônibus escolares. Destas, vinte e três foram flagradas no primeiro dia da
operação, quinta-feira (18).
Os veículos adquiridos através do Programa Caminho da Escola,
um programa do Ministério da Educação, são para uso exclusivo no transporte de
estudantes matriculados nas escolas das redes públicas de ensino.
A PRF identificou, através de suas ações de fiscalização, o uso destes veículos
transportando pessoas para casamentos, praias, cultos, missas, feiras e
estudantes universitários.
"É comum vermos crianças voltando a pé das escolas, enquanto os ônibus
passam lotados com adultos." Declarou um Policial Rodoviário Federal
envolvido na operação.
Os agentes envolvidos na Operação Caminho Desviado fiscalizaram os ônibus do
Programa Caminho da Escola para identificar o possível desvio de finalidade,
observar as condições de segurança dos
ônibus e cursos exigidos para os condutores dessa modalidade de transporte.
Foram lavrados 79 autos de infração de trânsito, alguns condutores sequer eram
habilitados na categoria “D”, necessária para a condução de escolares como
determina o Art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro.
As principais infrações verificadas foram: Falta de inspeção semestral de segurança e
condutores sem o curso específico para condução de escolares.
Todas as prefeituras autuadas foram incluídas em um relatório que será
encaminhado ao Ministério Público Estadual, que investigará os casos de desvio
de finalidade dos ônibus, o que pode ser caracterizado como improbidade
administrativa.
Fonte: WSCOM com Assessoria
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