Após 12 horas, rebelião termina com saldo de uma pessoa morta e pelo menos cinco feridas no presídio em Patos

Após 12 horas de rebelião, os detentos do Presídio de Segurança Máxima Romero Nóbrega, terminaram por volta das 4h da madrugada desta terça-feira, (26), o motim na unidade prisional em Patos.
 
A rebelião teve início por volta das 18h30 quando os detentos atearam fogo em colchões e objetos que estavam dentro das celas.
 
A todo o momento a situação foi bastante tensa e vários familiares de detentos se aglomeraram em frente ao presídio em busca de informações e exigindo a presença do diretor daquela unidade.
 
A Tropa de Choque da Polícia Militar, além de unidades do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, (SAMU), foram acionados e estiveram presentes no local durante toda a rebelião.
 
Um dos momentos mais tensos da rebelião foi a reação de alguns dos parentes dos presos, que apedrejaram uma viatura da Polícia Militar e um veículo de um agente penitenciário. A Polícia revidou efetuando disparos de arma de fogo para o alto.
 
Disparos e explosões eram ouvidos a todo o momento, vindos de dentro do presídio. Por volta das 20h, um dos detentos saiu de dentro daquela unidade prisional e recebeu atendimento médico pelas equipes do SAMU.
 
Em vários momentos, detentos se comunicavam com familiares e com a imprensa, relatando a situação vivida dentro do presídio. Um dos presos entrou ao vivo por celular em uma emissora de rádio e disse ao repórter Higo de Figueredo que duas pessoas já haviam sido mortas dentro do presídio durante o motim.
 
A situação só foi controlada na manhã desta terça-feira, (26), quando a Tropa de Choque da Polícia Militar conseguiu entrar no presídio e negociar com os detentos. Dentre as reinvindicações, os presos exigiram a presença do juiz da vara de execuções penais, de um representante dos Direitos Humanos, da imprensa e da Pastoral Carcerária.
 
Apesar das várias informações sobre mortos e mutilações, repassadas pelos próprios presos aos parentes via celular, a Polícia confirmou a morte de um dos detentos, da cidade de Guarabira e pelo menos cinco feridos.
 
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a briga teria sido motivada após uma operação pente fino no presídio, na tarde desta segunda, logo após um dos detentos ter ligado de um telefone celular para uma emissora de rádio local, denunciando maus tratos e tortura dentro da penitenciária por parte dos agentes.
 
A Secretaria ainda deve realizar a transferência de pelo menos cinco detentos para o Presídio PB1, em João Pessoa.
 
maispatos.com 



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