Aniversário da mulher “marcada para viver” atrai pessoas do campo e da cidade, ao Memorial das Ligas Camponesas
Frei Anastácio foi o único
deputado estadual que esteve presente, do início ao fim da solenidade. Ele se
emocionou muito com os depoimentos e as apresentações que foram feitas por
estudantes, com cartazes e faixas exaltando a luta e a coragem de Elizabeth,
que é chama no meio rural de “mulher marcada para viver”, uma alusão contrária
ao filme “Cabra marcado pra morrer”, que conta a história do marido dela, João
Pedro Teixeira, assassinado em 1962.
“Toda essa gente reunida na festa
mostra que a luta pela terra na Paraíba, ainda está muito viva e Elizabeth é
uma das chamas que mostram que muito ainda tem que ser feito pelos que mais
necessitam de terra para trabalhar”, disse Frei Anastácio. O deputado federal
Luiz Couto também foi o único representante da Câmara que esteve na festa.
Elizabeth assistiu a tudo, ao
lado de um filho, netos e parentes. A família foi reunida para o evento, pela
Comissão da Verdade que ajudou na organização da programação. “João Pedro sabia
que iria morrer. Todos os dias ele me dizia isso. Mas, a luta dele deu fruto.
Espero que a reforma agrária cumpra, de verdade, o seu papel que é dar terra a
quem precisa”, disse Elizabeth Teixeira.
Para Frei Anastácio, “Elizabeth é
um símbolo vivo da história de luta pela terra na Paraíba. Uma mulher que
perdeu o marido, assassinado, foi presa pela ditadura militar e ainda teve que
viver fora da Paraíba com nome falso para poder escapar das perseguições. Ela é
o símbolo maior das mais de 100 mil pessoas que vivem nos 307 assentamentos da
reforma agrária na Paraíba”, disse Frei Anastácio.
Assessoria.
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