Frei Anastácio denuncia que condomínios de luxo estão privatizando barragem pública em Areia
O parlamentar alerta que a
barragem, construída no governo Maranhão, com capacidade para 2,6 milhões de
metros cúbicos de água abastece 16 municípios, mas está cercada por condomínios
particulares que podem estar contaminando o manancial. “Para onde estão indo os
esgotos daquelas habitações luxuosas que cercaram a barragem e deixaram apenas
uma entrada”, indagada o deputado.
O petista disse que está enviando
ofícios à Sudema e Aesa solicitando informações sobre toda estrutura da
barragem, em relação ao controle ambiental e os impactos com as construções e
se existem laudos de fiscalizações realizadas nos últimos anos. “De posse
dessas informações, que esperamos receber desses dos órgãos, iremos
encaminha-las ao presidente da Frente Parlamentar das Águas, Jeová Campos, para
que as devidas providências sejam tomadas”, afirmou o deputado.
Apenas uma entrada para a
barragem
“Por esse único acesso, os
‘pipeiros’ da região fazer a captação de água do açude para distribuir em
Areia, Remígio, Esperança e até na divisa com o Rio Grande do Norte. Será que
isso está certo, privatizar o acesso a um bem público”, questiona Frei
Anastácio.
Outra preocupação do deputado é o
avanço da especulação imobiliária. Segundo ele, a área está aos poucos sendo
degradada e com novas habitações vai piorar ainda mais. “É preciso agir porque
ainda há nas margens do açude, reserva de mata e diversas nascentes de água. Mas,
com a construção de mais casas tão próximas do açude existe o risco do
assoreamento, desmatamento e contaminação da água com fossas sépticas, além da
criação indevida de peixes e o uso de equipamentos aquáticos”, disse.
Comunidade quilombola
Frei Anastácio também visitou a
comunidade quilombola Novo Mundo, onde vivem 38 famílias fora os filhos,
genros, noras e netos. Eles estão na área há mais de três gerações. Já foram
reconhecidos pela Fundação Palmares e estão esperando o final do processo de
reconhecimento pelo Governo Federal. A área onde eles vivem está situada numa
fazenda com 10 mil hectares que pertencia ao falecido, Roberto Cunha Lima.
Assessoria
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