Frei Anastácio rebate denúncia de desvio de dinheiro da reforma agrária na Paraíba
O deputado estadual Frei
Anastácio rebateu, hoje (17), no plenário da Assembleia Legislativa, as
denúncias da Polícia Federal de que houve desvio de R$ 80 milhões da reforma
agrária na Paraíba. “Juntando todos os contratos do Incra, de 2009 a 2015, com
todas as cooperativas que prestam serviço à autarquia, o valor não chega a R$
52 milhões. Como é que teve um desvio de mais de R$ 80 milhões. E os 250
técnicos das cooperativas não receberam salários?”, indagou o deputado.
De acordo com o deputado, “o delegado da Polícia Federal Fabiano Martins bradou para os quatro cantos do Brasil, que mais de R$ 80 milhões teriam sido desviados da reforma agrária na Paraíba. Somando todos os valores, de 2009 até 2015, o total chega a exatamente a R$ 51.823.394,93. Tenho aqui até os números das ordens bancárias de pagamento. Mas, o delegado superfaturou esse valor em R$ 30 milhões. São sete anos de pagamento. De onde esse delegado tirou mais R$ 30 milhões e colocou nas contas do Incra?”, indagou.
O deputado foi enfático ao dizer que o delegado Fabiano Martins estava mal informado, ou agiu de forma irresponsável e conseguiu colocar a opinião pública contra uma autarquia com 40 anos de história. “Eles simplesmente armam um circo midiático e jogam as informações para a imprensa, com base num processo que ainda não foi concluído, sem ninguém condenado e ainda dizem que tudo corre em segredo de justiça. Mesmo assim, levaram uma autarquia e seus servidores ao massacre público maculando a imagem de todos, sem nenhuma conclusão dos fatos”, alertou.
“Outro aspecto que precisa ser dito: as cooperativas que prestam serviço ao Incra trabalham com 250 técnicos.Pelas contas do delegado da Polícia Federal, nenhum desses técnicos teria recebido nenhum centavo, durante esses sete anos de contrato. E mesmo assim, o delegado ainda superfaturou a denúncia. Aumentou o valor dos contratos de R$ 51milhões,para mais de R$ 80 milhões. Pelas contas dele, todo dinheiro foi desviado e nada foi feito na reforma agrária. Pura mentira”,afirmou.
Frei Anastácio explicou que desse total de R$ 51 milhões pagos às cooperativas, 80% vão para pagamento de salários. O restante vai para despesas com material de expediente, encargos sociais e tributários, além de despesas com transportes. Isso tudo fica com as cooperativas. O Incra apenas faz o pagamento geral, mediante relatórios dos serviços prestado”, ressaltou.
Processo contra delegado
De acordo com o parlamentar, o delegado terá que explicar centavo por centavo da denúncia que fez. “Servidores do Incra já me procuraram para discutir o assunto e na condição de presidente da Comissão de Direitos Humanos desta casa iremos tomar providências. Esse delegado da Polícia Federal vai ter que explicar essas declarações dele, na Justiça. Ele terá que mostrar de onde vieram esses R$ 30 milhões a mais nos contratos e para onde foram.Vai ter que dizer e provar quais foram os políticos beneficiados com dinheiro do Incra e terá que provar que todos esses R$ 80 milhões não foram aplicados na reforma agrária. Tudo isso, ele terá que responder na justiça, que também existe para ele e para quem levou esses números”,afirmou.
Assessoria
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