"Perícia do senado prova que não cometi crime" afirma presidente Dilma
Presidente eleita democraticamente pelo povo Brasileiro, Dilma Rousseff
afirmou em entrevista à rádio Guaíba nesta segunda-feira 27 que a perícia do
Senado entregue à comissão do impeachment, que desmonta a tese de que ela
praticou "pedalada fiscal", comprova que o processo "não tem base
legal"; "Começamos sendo acusados de seis decretos, agora a perícia
diz que são três. E nesses três decretos não foi constatada nenhuma
participação dolosa minha", destacou ainda a presidente; em novas críticas
contra o governo interino de Michel Temer, ela destacou que "o
vice-presidente não foi eleito para ser presidente, tampouco o programa que ele
está colocando em prática foi o aprovado pela população"; e condenou
vazamentos "seletivos" na Operação Lava Jato; "Deveriam ser
punidos gravemente", cobra;
247 - A presidente Dilma
Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 27, que a perícia de técnicos do Senado
entregue à comissão do impeachment, que rebate denúncia de que ela praticou
"pedalada fiscal" com o atraso do repasse de R$ 3,5 bilhões do
Tesouro ao Banco do Brasil para o Plano Safra, comprova que o processo de
impeachment "não tem base legal".
"Para o impeachment,
deveria de haver um crime de responsabilidade. Hoje por exemplo ficou
caracterizado pela própria perícia feita pelo Senado que os motivos pelos quais
eles me acusam não caracterizam crime. No que se refere ao Plano Safra, nem a
minha presença em algum ato foi constatada, portanto, consideraram que eu não
participei em nenhum momento do Plano Safra. Porque isso não é papel do
presidente da República. Nós vínhamos dizendo há muito tempo", afirmou
Dilma em entrevista à Rádio Guaíba.
Dilma prossegue mostrando a
fragilidade da acusação contra ela. "Começamos sendo acusados de seis
decretos, agora a perícia diz que são três. E nesses três decretos não foi
constatada nenhuma participação minha dolosa. Não há nenhum parecer técnico
dizendo que se eu tivesse assinado esse decreto, eu estaria comprometendo a
meta fiscal", afirmou.
A presidente também denunciou
retrocessos no governo interino de Michel Temer e destacou que o projeto dele
não foi eleito pela população. "O vice-presidente não foi eleito para ser
presidente, tampouco o programa que ele está colocando em prática foi o
aprovado pela população", disse. "Nós não queremos eleição indireta
no Brasil, seria um retrocesso, seria voltar ao período da ditadura, onde o
povo não participava", acrescentou.
Dilma também afirmou não ter
"provas cabais", mas acredita haver "fortes indícios de que [o
golpe] foi premeditado". Na carta de Michel Temer endereçada a ela,
"o vice reclamava de responsabilidades que são do presidente da República.
Vejo que havia pitadas de inequívoca ambição pelo poder", destacou ainda.
Ela destacou que o cenário
político pode ser revertido no Senado. "Tenho não só esperança, como tenho
feito tratativas na direção de reverter o processo de impeachment",
frisou. Dilma adiantou, porém, que ainda está avaliando a possibilidade de se
defender pessoalmente em plenário durante o processo de impeachment no Senado.
Em outro trecho da entrevista,
Dilma criticou características nefastas do vazamentos seletivos da Operação
Lava Jato. "São ilegais, muitas vezes estavam sob segredo de
Justiça". "Muitas vezes se escolhe o que será falado, dá a entender
que foi cometido um crime que não foi, aí não se dá direito de
defesa. Vazamentos deveriam ser punidos gravemente", cobrou.
SãoMamede1 com 247Brasil
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