Açude de Coremas atinge volume morto e preocupa população São Mamede e mais 22 cidades da PB
Começará nesta quinta-feira (29)
a liberação da água da Barragem Mãe D’água, em Coremas, para abastecimento
humano a milhares de pessoas de cidades da Paraíba e Rio Grande do Norte.
A abertura das comportas da
barragem ocorre devido ao açude Estevam Marinho, em Coremas, ter entrado em
colapso, atingido seu volume morte, e não ter mais condição de liberação de
água para 23 municípios da Paraíba e Rio Grande do Norte.
Água vai ser liberada pelo leito
do Rio Aguiar, que mais na frente, se encontra com o Rio Piancó, seguindo até o
Rio Piranha. No percurso, as pessoas poderão captar água potável para beber.
Está proibida a irrigação nas regiões ribeirinhas dos rios.
De acordo com José Procópio de
Lucena, presidente do CBH-PPA, o quadro de crise hídrica é cada vez mais grave,
e apenas uma boa gestão e economia dos recursos hídricos ainda existentes,
podem garantir o abastecimento desta população até o início de 2017, se não
houver recarga suficiente.
– O leito do rio Aguiar está
ainda muito encharcado. Isso vai facilitar junto com a desobstrução o
escoamento da água. As perdas de infiltração serão muito reduzidas. Em vários
trechos da calha visitados ainda tem água acumulada, finalizou Procópio.
A CAERN, Companhia de Água e
Esgoto do Rio Grande do Norte colocou um grande tubo para captar água na
Barragem da Mãe D’água, jogar no leito do Rio Aguiar.
De acordo com informações de
Hermano Rolim, Secretário do Comitê da Bacia da Água de Piancó, o açude de Coremas
atingiu seu volume morto, nesta quinta-feira (29), conforme imagens, fechando
assim, a liberação das águas pelo leito do Rio Piancó para o Rio Grande do
Norte. “Agora é aguardar a quadra invernosa para recarregar o manancial. Temos
também que poupar água para o consumo humano até março da barragem da Mãe
D’água”, completou.
O Açude de Coremas atingiu 2% de
sua capacidade que é de 1,385 milhões de metros cúbicos, menor volume em 80
anos de construção. A Barragem da Mãe D’água se encontra atualmente com 10,8%
de sua capacidade.
MaisPB com Folha do Sertão
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