Brasileiro terá que contribuir 49 anos para receber aposentadoria integral, confira:
O brasileiro poderá se aposentar
só depois de completar 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para ter
direito à aposentadoria, confirmou o governo federal nesta terça-feira (6). A
mudança está prevista na proposta de reforma da Previdência apresentada pelo
secretário de Previdência, Marcelo Caetano.
Para ter direito ao benefício
integral, no entanto, será necessário somar 49 anos de contribuição com a
Previdência. Isso porque a regra de cálculo do benefício prevê direito a 76% da
base de cálculo do benefício com 25 anos de contribuição. Essa taxa aumenta 1
ponto percentual a cada ano. Portanto, para chegar a 100%, será necessário
somar 49 anos de contribuição.
A aposentadoria, no entanto,
nunca será inferior a um salário mínimo, segundo o governo. Isso significa que
uma pessoa que recebeu um salário mínimo durante todo o período de contribuição
tem esse valor garantido, independente do momento em que se aposentar.
As novas regras valem para
mulheres de até 45 anos e homens até os 50. Para quem tiver acima desse
patamar, haverá regra de transição.
Caetano deixou claro que não
haverá mudanças para quem já tiver direito ao benefício quando a PEC entrar em
vigor. “Nada, absolutamente nada, se altera para aquelas pessoas que já recebem
suas aposentadorias, suas pensões, e também para aquelas pessoas que mesmo que
não se aposentaram já completaram condições de acesso”, afirmou.
Na segunda-feira (5), o
presidente Michel Temer anunciou o envio da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) da Previdência ao Congresso. Ele não detalhou, no entanto, os
detalhes da medida.
O envio do texto chegou a ser
prometido para setembro, antes das eleições municipais. A impopularidade do
tema, no entanto, gerou sucessivos adiamentos. O argumento foi sempre o de que
o governo federal discutiria pontos da proposta com setores da sociedade. A
discussão, contudo, ficará para o Legislativo.
A proposta de mudança na
Previdência foi feita por uma equipe de técnicos liderados por Caetano, além da
chefe da assessoria especial da Casa Civil, Martha Seillier, e do diretor de
assuntos fiscais do Ministério do Planejamento, Arnaldo Lima. Depois, passou
pela análise de Temer.
PENSÃO
O governo confirmou nesta
terça-feira que proibirá o acúmulo de benefícios, como a pensão e
aposentadoria, conforme antecipou a Folha. A pessoa que tiver direito à
aposentadoria e pensão poderá escolher o benefício que tiver maior valor.
Apesar de as aposentadorias
estarem limitadas a pelo menos um salário mínimo, as pensões podem ficar abaixo
desse piso. Isso porque o novo cálculo da pensão prevê uma cota familiar de
50%, além de 10% como cota adicional para cada dependente. Uma viúva ou viúvo
com quatro filhos menores de idade, por exemplo, terá taxa de reposição da
pensão de 100%.
Sobre a possibilidade de aumentar
a contribuição dos servidores públicos para 14%, que foi estudada pelo governo,
Caetano disse que o governo decidiu manter em 11%. “Não há aumento de alíquotas
ou de tributos nesse sentido”, respondeu.
Folha de S.Paulo
0 comentários:
O seu comentário é sua total responsabilidade.