Povão enfrenta a chuva para retomar democracia
Manifestantes foram neste domingo
(21) à Avenida Paulista, no MASP, para pedir a saída de Michel Temer, acusado
após várias denúncias de corrupção que deixam o seu governo cada vez mais
insustentável; participantes da manifestação também pedem eleições diretas; a
mobilização foi convocada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular; o
vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu a saída de Temer; "Ele deve
renunciar e para pacificar esse maravilhoso povo brasileiro queremos eleições
diretas já", disse; em desespero, Temer prefere o enfrentamento, dizendo
haver manipulações nas gravações da PF, ao invés de se defender; peemedebista
sequer passou no detector de mentiras da Truster Brasil, tecnologia em
análise de voz; PGR já confirmou tentativa de estancar a Operação Lava Jato e a
OAB pediu seu impeachment; ruas são tomadas pela população em prol de eleições
diretas para a retomada a democracia com um governo legítimo, eleito pelo povo.
Manifestantes foram neste domingo
(21) à Avenida Paulista, no MASP, para pedir a saída de Michel Temer, acusado
após várias denúncias de corrupção que deixam o seu governo cada vez mais
insustentável. O protesto na capital teve início às 16h, e deve caminhar até o
Escritório da Presidência da República, na mesma Avenida. Participantes da
manifestação também pedem eleição direta para presidente da República.
A mobilização foi convocada pelas
frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP)
pediu a saída de Temer. "Ele deve renunciar e para pacificar esse maravilhoso
povo brasileiro queremos eleições diretas já", disse o parlamentar.
Segundo pesquisa Ipsos, divulgada
no mês passado, 92% dos brasileiros veem o País no rumo errado com Temer.
Pesquisa feita por 247 com 5,7 mil internautas apontou que 98,5% dos brasileiros
defendem eleições diretas para presidente. A OAB também já pediu o impeachment
dele.
A situação do peemedebista ficou
mais complicada após ser gravado dando aval para a compra do silêncio do
ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba. Segundo o
conteúdo do áudio, 0 empresário Joesley Batista, dono da JBS, disse a
Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao
operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da
informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das
delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo.
Os empresários Joesley Batista e
seu irmão Wesley também afirmaram que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a
JBS). Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil
enviados por Joesley.
Em nota, Temer disse que
"jamais" solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha e negou
ter participado ou autorizado "qualquer movimento" para evitar
delação do correligionário.
Janot confirma ação contra a Lava
Jato
O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, afirma que Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves
(PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato.
"Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o
presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato
avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação
de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.
Em seu pronunciamento, Temer
disse que "o áudio reflete uma gravação amadora feita por Joesley.
"Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos
nitidamente subterrâneos. Incluída no inquérito sem a devida e adequada
averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao
Brasil. Por isso, no dia de hoje, estamos entrando com petição no Supremo
Tribunal Federal para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em
definitivo a autentiticidade da gravação", acrescentou.
Em nota, a J&F, holding que
controla a JBS, afirmou, em nota neste sábado, 20, que o empresário Joesley
Batista entregou para a Procuradoria-Geral da República a íntegra da gravação
de sua conversa com Michel Temer. De acordo com o texto, também foram entregues
"os demais documentos que comprovam a veracidade de todo o material
delatado". "Não há chance alguma de ter havido qualquer edição do
material original, porque ele jamais foi exposto a qualquer tipo de
intervenção", diz (veja aqui).
Apesar de as gravações da PF irem
para uma perícia, Janot enviou neste sábado (20), ao Supremo Tribunal
Federal manifestação defendendo a continuidade do inquérito contra Temer e
outras autoridades com foro por prerrogativa de função. O procurador disse que
não se opõe à perícia no áudio da conversa entre Temer e Joesley Batista,
embora certo de que a gravação não contém qualquer mácula que comprometa a
essência do diálogo.
Temer não passa no detector de
mentiras
Um laudo técnico da Truster
Brasil, tecnologia em análise de voz, conclui que Michel Temer não estava
falando a verdade em seu pronunciamento neste sábado (20). "Temer parece
ter conhecimento de que não existe manipulação no áudio divulgado", diz o
laudo.
No documento estão classificados
os níveis de comportamento do peemedebista de acordo com trechos da sua fala.
Quando Temer fala que o conteúdo do áudio foi "manipulado", o laudo
técnico classifica este momento do discurso como "imprecisão".
O peemedebista preferiu o
discurso de enfrentamento ao invés de se defender e acusou Joesley Batista,
dono da JBS, de cometer o "crime perfeito", expressão usada com
"imprecisão", conforme o laudo técnico; Ao citar "gravação
fraudulenta" e "manipulada", Temer estava "estressado"
e com "tensão alta, respectivamente, apontou o documento (veja aqui).
247Brasil
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