Lula atinge ápice de aprovação; Alckmin, Marina e Bolsonaro têm queda
Apesar de condenado na primeira
instância, o ex-presidente Lula continua na liderança das pesquisas de intenção
de votos. Na última pesquisa Barômetro Político Estadão-Ipsos, o petista
atingiu seu ápice de aprovação na série histórica, atingindo seu sexto mês
seguido de melhora na avaliação, neste mês de dezembro.
De acordo com a pesquisa, o
ex-presidente aparece com aprovação de 45% da população entrevistada.
Apesar do aumento no índice dos que o aprovam, sua desaprovação supera o
percentual de aprovação. Na pesquisa, 54% rejeitam uma possível candidatura do
petista.
Conforme as últimas pesquisas, em
junho Lula era aprovado “um pouco” ou “totalmente” por 28% dos brasileiros. Em
julho a taxa passou para 29%, agosto ficou em 32%, setembro em 40%, outubro em
41% e novembro em 43%.
Possíveis candidatos
Na contramão da elevação do
índice de aprovação de Lula, os possíveis candidatos Geraldo Alckmin (PSDB),
Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC) sofreram desgaste em suas imagens. A
pesquisa foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira
(20).
Na pesquisa, Marina aparece em
segundo lugar no quesito aprovação, com 28%. No entanto, a possível candidata é
reprovada por 62% dos entrevistados. Já o deputado Jair Bolsonaro é o terceiro
colocado, aprovado por 21% e reprovado por 62%.
“Geraldo Alckmin aparece na
pesquisa Ipsos com 19% de aprovação e 72% de desaprovação. No levantamento do
mês anterior, as taxas eram, respectivamente, de 24% e 67%. Isso significa que
o governador paulista teve uma leve deterioração na imagem no momento em que se
preparava para assumir a presidência do PSDB”, diz trecho da reportagem.
Condenação
O Tribunal Regional Federal da
quarta região (TRF-4) marcou para 24 de janeiro o julgamento em segunda
instância do ex-presidente, condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo
juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. A
8ª Turma do TRF-4, sediada em Porto Alegre (RS), julgará o recurso da
condenação do petista. A definição do julgamento tem relação com as
eleições presidenciais de 2018, diante de um cenário em que o petista lidera
todas as pesquisas de intenção de voto.
O julgamento é relativo ao caso
em que o ex-presidente é acusado de receber propina disfarçada por meio de um
tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. De acordo com a condenação de Moro,
Lula recebeu R$ 3,7 milhões da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012, em consórcio
com a Petrobras. Ao todo, nas contas da Lava Jato, o esquema criminoso
movimentou R$ 6,2 bilhões em propina, gerando à petrolífera um prejuízo
estimado em R$ 42 bilhões. Para o MPF, Lula era o elo entre o esquema
partidário de corrupção e a estrutura de governo.
O dinheiro foi usado, segundo a
acusação, na reforma do triplex do Edifício Solaris, no Guarujá (SP), que a
Lava Jato afirma ser de Lula. A denúncia também acusava Lula de usar parte do
valor no custeio do armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a
2016, em empresa especializada. Na mesma sentença, no entanto, Moro absolveu o
ex-presidente pelas “apesar das irregularidades no custeio do armazenamento do
acervo presidencial, não há prova de que ele envolveu um crime de corrupção ou
de lavagem”.
ParlamentoPB com Congresso em
Foco
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