“A ciência é muito importante, mas só Deus é absoluto”, diz Padre Fabrício sobre criança anencéfala que celebra seis anos de vida; veja o vídeo

O padre Fabrício Dias Timóteo, que é pároco da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em São Mamede-PB, que pertence a Diocese de Patos, trouxe ao final da missa da Igreja Matriz, na noite desse domingo (14), um testemunho de vida contado pelos pais da pequena Ruahma, Haroldo Lucena e Mariselma da Silva, que foi diagnosticada com anencefalia há sete anos.

Mas o que chama a atenção é que, segundo a medicina, pessoas diagnosticadas com anencefalia geralmente sobrevivem apenas por algumas horas ou semanas, o que não ocorreu com a menina Ruahma, deixando a todos surpresos com tal fato.

De acordo com os estudos realizados pelos pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein e médicos de todo o mundo, a anencefalia não tem cura e geralmente o portador desta doença morre em consequência dela poucos minutos após o parto.

“A Anencefalia é um defeito na formação do tubo neural de um bebê durante o desenvolvimento. Um bebê que nasce com anencefalia pode ser natimorto ou sobreviver apenas algumas horas ou dias após o nascimento. O principal sintoma é a perda de consciência. Não há cura para a anencefalia. O tratamento visa deixar o bebê o mais confortável possível”, destacam os pesquisadores.

Para a medicina, Ruhama estava designada para morrer em decorrência de sua malformação, mas, para Igreja, hoje ela representa um grande milagre de Deus, contrariando os preceitos da medicina em todo o planeta.

Padre Fabrício fez questão de reconhecer à importância da ciência para vida humana. Contudo a palavra final é de Deus. “Sei que a ciência é muito importante, mas só Deus é absoluto”.

“Os meios de comunicação não gostam que nós apresentemos casos como este, da graça de Deus. Porque eles querem dizer que o anencéfalo não pode sobreviver e por isso precisam ser abortado. Mas Deus faz o milagre. Deus é o dono da vida. Só Ele deu a vida e só ele pode tirar. Por isso nós queremos dizer que somos contra o aborto, nós somos a favor da vida”, afirma Padre Fabrício.

Quem é da ciência e tem essa experiência divina é capaz de mudar de conceito, é o caso do médico, Ruy Júnior é pediatra e que acompanhou todo o caso da menina Ruahma. Segundo ele, este acontecimento o ajudou a ser melhor enquanto ser humano, além de contribuir para o crescimento de toda a equipe.

“Muita gente não acreditava que Ruahma sobreviveria, mas nós conseguimos que ela saísse do hospital. Tivemos esta oportunidade de crescimento como pessoa, como médico, como pai. Foi muito gratificante para nós, pois aprendemos muito com este caso”, afirma Dr. Ruy. Essa declaração do médico foi quando a pequena Ruahma completou quatro anos, hoje a criança tem seis anos e nove meses.

Por fim os pais da pequena disseram que a levaram durante a Jornada Mundial da Juventude no Brasil, para que o Papa Francisco o abençoasse, e pediu que ele interferisse junto com o Brasil sobre a lei do aborto de crianças Anencéfalas.

“No dia em que o Papa pegou em Ruahma ele ficou muito emocionado. Eu disse a ele que não estava lá para pedir a sua bênção, mas para que ele intercedesse com a presidente do Brasil para revogar a lei que permite o aborto em casos de anencefalia”, contou o pai da criança.

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