Não basta ser pai, tem que participar! Por Jordan Bezerra

Ser pai não é apenas dá seu DNA ou seu sobrenome. É bem mais profundo que isso. É amar, proteger e educar o filho nos valores cristãos e éticos, o que constitui uma missão muito árdua e desafiadora, pois o mundo pós-moderno prega o relativismo em relação aos valores sagrados e aos costumes de outrora, quando a figura paterna era mais respeitada. Entretanto, a sensação de ser pai, é indescritível, é sem igual, é emocionante, portanto, ser pai, é dom de Deus. Nesse contexto desafiador, muitas perguntas são pertinentes. Como ser um pai exemplar? Como educar o filho?  Como fazer tudo isso, atualmente?

São inúmeros compromissos diários. No mundo contemporâneo, os pais vivem assoberbados do corre-corre da vida, com trabalho, estudo, principalmente quando o objetivo de alguns é acumulardinheiro. Sei da luta de muitos pais, que saem de casa pela manhã e só chegam à noite, contudo, é necessário que encontrem um tempinho para brincar, abraçar, beijar, conversar com seus filhos, pois a falta de afeto vai dá brecha para má-educação e dilema existenciais.

Essa ausência paterna motiva a má influência da mídia brasileira no comportamento dos nossos adolescentes, alimentando uma “geração rebelde sem causa.” Vale ressaltar que muitos jovens são “imunes” a essa mídia maléfica porque reconhece e adota valores cristãos e o comprometimento dos pais, este não tão  fácil, mas, ratifico, deve ser um ofício cotidiano. Mas aos meios de comunicação que exibem uma grade de programação educativa e salutar, nosso reconhecimento.

O conceituado médico e escritor brasileiro Augusto Cury, disse muito pertinentemente sobre a paternidade: “Bons pais nutrem o corpo, pais brilhantes nutrem a personalidade”.  Concordo inteiramente com o escritor, e vou além, aos tempos de agora, ou somos pais brilhantes, ou fica difícil competir com as convergências da globalização como: moda, costumes, cultura, valores, ideologia e drogas, (tudo isso exposto por parte da mídia).  Essas tendências atuais permeiam o dia-a-dia das famílias, principalmente as drogas que têm sido um câncer nas famílias brasileiras, infelizmente (muito cuidado, pai). Por isso, os pais devem ser brilhantes, para derrotar os desafios da modernidade exagerada na sociedade.

Ser pai é, pois, uma dádiva de Deus, e quando me refiro a pai, entendo que pode ser ele biológico ou de criação. Isso pouco importa. O que vale mesmo é o amor que o pai semeia no filho, que necessita muito desse apoio paterno em qualquer circunstância da vida: na escola, no trabalho e, especialmente, no desenvolvimento do caráter. O grande desafio para o pai de hoje em dia é lidar com as circunstâncias em um planeta tão moderno, pois o mesmo não pode ser nem tão careta, nem tão liberal. Creio que o equilíbrio é fundamental. Vale lembrar ao pai sua autoridade na criação do filho, ou seja, o filho lhe deve obediência, assim nos ensina o Criador. Eu acredito que os valores sagrados são insubstituíveis na educação dos nossos filhos, por isso, crescer nesses valores, é sinônimo de felicidade. Isso tudo, é formidável, mas, se o pai não ratificar seu testemunho, de nada vale seus ensinamentos. Logo, é essencial que ele viva o que prega ao filho, caso contrário, seria uma incoerência, sem igual.  O Bispo da Diocese de Petrolina-PE, Dom Manoel, foi o 3° Bispo da Diocese de Patos-PB entre o período de 2001 a 2011, costuma dizer algo muito intenso: “As palavras comovem, mas o testemunho arrasta”. Concordo com o Bispo.  O filho deve ser o espelho do seu pai e este, um bom espelho.

No dia 17 de janeiro deste, eu recebi um presente divino, o nascimento do primeiro filho que se chama Jordan Filho. Com o presente vieram também muitas responsabilidades, é verdade. A natureza humana exigiu muito mais de mim, no momento em que me tornei pai. No entanto, reafirmo a sensação de tê-lo em meus braços e ver os meus primeiros traços nele, não tem preço. Vou me esforçar bastante para transmitir os valores que recebi do meu pai, o senhor Miguel, como: o respeito, boa  índole,  lisura, lealdade, solidariedade, amor, honra à palavra acordada. Naturalmente, eu vou suplicar diariamente a sabedoria de Jesus Cristo para a criação do meu filho.

Que Deus abençoe todos os pais e filhos!

24/03/13

 Jordan Bezerra.

Revisão: professora Klítia Cimene. 

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