Por Jordan Bezerra: Valores humanos?

Grande parte da sociedade brasileira atual vive uma ampla crise de comportamento e um dos fatores preponderantes desse conflito é, sem dúvida, a carência dos valores humanos, que englobam a ética e a moral. A falta de consideração, hoje em dia, é predominante. Seja ao professor, aos pais, às pessoas no trânsito, e até a Deus.  Necessitamos urgentemente, vivenciarmos o respeito a Deus, à família e ao próximo e ainda defendê-los publicamente.
Sei que a sociedade brasileira de hoje é bem diferente da dos anos 70, do século passado, por exemplo. De lá para cá houve grandes transformações no campo tecnológico e nas ciências médicas, para citar só alguns exemplos. Tudo isso é necessário e conveniente, sobretudo no mundo pós- moderno e globalizado. Isso é fato. Porém, por outro lado, existiu um grande retrocesso em parte da sociedade, nessas quatro últimas décadas, no que diz respeito à convivência entre as pessoas. Hoje em dia, essa convivência, de certa forma, é bem conturbada no Brasil. Atualmente, a maioria das pessoas nem se cumprimentam, com um “bom dia”, um “boa tarde”; vizinhos não se conhecem; filhos não pedem a bênção aos pais, pois acham esse pedido “careta”. Por outro lado, o pai não abraça o filho; alunos, na maioria das vezes, não respeitam professores, pelo contrário, agridem-nos verbal e fisicamente.  Nas filas dos bancos, vê-se a falta de respeito; no trânsito, pessoas se agridem gratuitamente.
Sei da rotina agitada e competitiva exigida pelo capitalismo, na qual as pessoas se deparam com atitudes que não correspondem aos princípios éticos e morais. Mas buscam somente seus interesses próprios, por isso, praticam esses atos antiéticos. Entretanto, nada justifica alimentar uma sociedade egocêntrica, que prega o relativismo dos valores sagrados como: Deus e família. Os bons costumes, no entanto, são insubstituíveis para um bom convívio entre as pessoas.  
 Prefiro acreditar no conceito que diz: “gentileza gera gentileza”. Os bons modos fazem toda a diferença. Usar expressões como: por favor, obrigado, com licença, muito bem, parabéns, me desculpe, me perdoe, bom dia, como vai você? Boa sorte, vá com Deus... Pode sim melhorar bastante nosso cotidiano. Por em prática esses modos, no nosso dia-dia, pode ser uma maneira eficiente para melhorar o convívio em sociedade.
Alguém pode perguntar se o problema está na má-educação da escola ou na má-criação familiar.  Digo, sem medo de errar, está na má-criação doméstica recebida quando criança; se não, vejamos, todo, “doutor” teria por obrigação ser gentil e, na verdade, isso não ocorre. Já os iletrados seriam sempre rudes, isso também não acontece. Há muitos ricos educados que respeitam o próximo, como tantos outros que não consideram ninguém. Dá mesma forma, o mais desprovido de formação escolar é educado, na maioria das vezes, e outros arrogantes. Ou seja, simplicidade, é diferente de humildade. Nesse contexto, o prestigiado médico e escritor brasileiro, Augusto Cury disse: “É mais difícil educar um filho do que dirigir uma megaempresa e seus inúmeros funcionários”.
A Deputada Estadual Fluminense do PSD, Mirian Rios, criou a lei da moral e dos bons costumes. Seu projeto foi sancionado em janeiro deste ano, pelo Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Pasmem os senhores leitores. Que país é este, onde é necessário criar uma lei para sermos educados e gentis? Estamos mal em matéria de cidadania. No dia 22 de maio de 2013, ouvi algo admirável na Rádio Tabajara, de João Pessoa-PB, no conceituado Programa Fala Paraíba, comandado pelo competente e cortês jornalista Célio Alves. O mesmo entrevistou o excelente advogado paraibano Ricardo Sérvulo, que com muita veemência e cidadania defendia a prática dos bons costumes da população. Achei muito bonita e pertinente essa atitude do advogado. Que sirva de modelo para todos.
Desse modo, ratifico esse pensamento e digo mais, não podemos esquecer, e nem tão pouco deixar de vivenciar os ensinamentos de Jesus Cristo, que é amar o nosso próximo como a nós mesmos. Amar também é respeitar. Reflitamos um pouco sobre essa problemática tão atual. De fato, todo mundo gosta de ser bem tratado, mas nem todos optam por tratarem o outro bem.
Deus abençoe a todos!

Jordan Bezerra 29/06/13
Revisão: professora Klítia Cimene

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