Frei Anastácio denuncia circulação de documento anônimo, na Assembleia, contra projeto dele

Uma carta anônima enviada aos gabinetes dos 36 deputados estaduais foi motivo de pronunciamento do deputado estadual Frei Anastácio (PT), nesta terça-feira (6). “A correspondência, na verdade, é um parecer apógrafo que induz os deputados a aceitarem o veto do governador sobre um projeto de lei de nosso mandato que cria a responsabilidade socioambiental para as médias e grandes empresas que se instalarem na Paraíba”, disse o deputado.

O parlamentar disse que não há qualquer referência quanto à pessoa que solicitou que a correspondência fosse entregue para o gabinete dele, nem para os demais deputados. “Confesso que nunca vi, nesta Casa, conduta semelhante ao longo de todos esses anos de atuação como parlamentar”, disse Frei Anastácio.

O petista ressaltou que um documento apógrafo, que não possui qualquer registro de origem, sendo entregue nos gabinetes dos parlamentares, não merece credibilidade alguma. “Dessa forma, solicitando que os deputados que aprovaram por unanimidade o nosso projeto derrubem o veto do governador”, solicitou.

Frei Anastácio disse ainda que essa carta anônima é uma verdadeira afronta aos princípios que regem a autonomia da Casa Legislativa. “Isso é um insulto à inteligência e boa fé dos senhores e senhoras parlamentares. Estou sendo vítima de um artifício mesquinho que tem como objetivo manter o veto do governador a uma material cuja posição da Assembleia já foi expressa quando se posicionou de maneira favorável a sua aprovação”, afirmou.

Frei Anastácio solicitou que a mesa diretora tome uma posição firme no sentido de investigar com profundida quem foi o responsável por esse documento anônimo. “Penso que se nada for feito estaremos correndo um sério risco de, daqui a pouco, presenciarmos a circulação de documentos apógrafos detratando e diminuído a imagem desta Casa e de seus titulares”, alertou.

Mais médicos
Frei Anastácio também falou sobre o programa Mais Médicos do governo federal. Ele explicou todos os pontos do programa e enfatizou que as vagas tem prioridade para médicos brasileiros. As vagas excedentes serão destinadas aos médicos estrangeiros. “O Brasil tem uma carência de 54 mil médicos. O governo não poderia ficar de braços cruzados. O programa está em andamento. Acredito que dará certo”, disse o deputado.

Frei Anastácio informou que dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil tem uma média de 1,8 médicos para cada mil habitantes. Na Venezuela, por exemplo, existem 1,9 para cada mil habitantes. No México, 2,4 médicos para cada mil pessoas. Na Argentina, são 3,2 para cada mil pessoas. E em Cuba são 6 médicos para cada mil habitantes;

“De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de levantamento feito com gestores de hospitais públicos e privados, o Brasil precisa de anestesiologistas, pediatras, psiquiatras, neurologistas, neurocirurgiões, clínicos médicos, cardiologistas, radiologistas e nefrologistas”, destacou o deputado.



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