Justiça inocenta comerciante no caso Itó Morais

Por insuficiência de provas, o comerciante Milton Cirilo da Silva Júnior foi absolvido da acusação de ter participado dos assassinatos do ex-prefeito de Santa Luzia Airton Pereira de Morais (Itó Morais) e do motorista João Ribeiro.  
Os dois foram mortos a tiros na madrugada de 26 de maio de 2002, na zona rural de Santa Luzia. O veredito saiu na noite de ontem, após cinco horas de julgamento. O Ministério Público da Paraíba não vai recorrer da decisão.
O promotor que atuou no caso, Alexandre Varandas, explicou que o resultado já era esperado. Ele disse que, ao analisar o processo atentamente, observou que não havia provas suficientes do envolvimento de Milton nas duas mortes.
“Milton era amigo dos demais envolvidos, mas não participou do crime. A  ligação dele é que era agiota e havia emprestado dinheiro para um dos condenados”, afirmou Varandas. O crime foi cometido no dia  26 de maio de 2002.
A polícia apontou sete pessoas como participantes no homicídio. Entre elas, estava Milton, que foi o último a ser levado a julgamento. Dos outros seis acusados, cinco foram condenados e um teve o nome retirado do processo, por falta de provas.
Ainda de acordo com o promotor, o caso está totalmente esclarecido. O mandante, o executor e demais responsáveis pelo crime já foram presos, julgados e condenados. Entre as cinco pessoas envolvidas está Edimilson Paredes de Morais, 44 anos, que, segundo a justiça,  planejou e contratou o pistoleiro que cometeu as mortes.
Paredes foi condenado a cumprir 34 anos de pena, mas foi encontrado morto no dia 15 de janeiro de 2011, no bairro do Altiplano Cabo Branco, em João Pessoa.  Ele foi executado com três tiros. A polícia descartou qualquer ligação da execução com a morte do ex-prefeito.
Os demais condenados foram Antônio da Nóbrega Cesarino, que era o vice-prefeito na época da morte e foi citado na Justiça como mandante do crime e vai cumprir pena de 28 anos; o comerciante Joácio Jairo de Medeiros; Luciano Tavares de Melo e Everaldo Domingos de Oliveira. O policial militar Hildelfran de Medeiros foi acusado, mas teve o nome retirado do processo por falta de provas. Itó Morais foi morto quando chegava em sua granja, nos arredores de Santa Luzia. O crime foi praticado após ele denunciar um esquema criminoso.

Fonte: Nathielle Ferreira-Jornal da Paraiba

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