DIANTE DA ESCADA DA VIOLÊNCIA, MEU GRITO PROFÉTICO.

No sertão, a violência, com suas
várias modalidades, tem seu assento, quer na cidade, quer no campo. Não escolhe
idade nem lugar. Vai atingindo a todos e a todas. Até poderia dizer que a paz
sertaneja está desaparecendo. O sossego está tornando-se coisa rara. E o povo
está assustado, desesperado, com medo.
Como cidadão, mas sobretudo como
pastor de um povo que anseia por paz, quero fazer meu veemente grito de alerta,
visando chamar a atenção de todos segmentos representativos da sociedade e,
sobretudo, das autoridades competentes para esse estado de coisa, que para mim
já ultrapassou dos limites. A violência tornou-se, indubitavelmente, epidêmica.
Diante desse cenário macabro, que
avança em extensão e profundidade, espero que os governantes ajam não com medidas
paliativas, mas com Políticas Públicas de Segurança capazes de erradicar pela
raiz os males causadores dessa sinistra realidade.
Vale ressaltar que “o combate à
criminalidade e o problema violência não dependem apenas dos órgãos policiais”.
A sociedade não pode ficar refém
da violência, para isso, tem que clamar, gritar, reivindicar, por segurança
pública de qualidade. Aliás, trata-se de um direito inalienável do cidadão- que
saibamos disso- consignado no artigo 6° da Constituição de 1988.
Que as igrejas cristãs e outras
denominações religiosas assumam peremptoriamente uma postura profética diante
desse cenário de horror. Se ficarmos calados, com medo, estamos indo na
contramão de Jesus Cristo, que dissera: “eu vim para que todos tenham vida”.
Como cristãos, não pudemos ficar
só na lamúria, nas conversas informais, na tristeza etc. Temos que partir para
ação profética, denunciando e combatendo, sem medo, essa chaga social.
Pedra Branca-PB, em 31 de março
de 2014.
Padre Djacy Brasileiro.
SãoMamede1/Zé Luiz Mineiro
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