Frei Anastácio rebate prefeita de Conde e diz que ajudou a tirar famílias do “cabresto”do latifúndio

Frei Anastácio relembrou a luta
pela terra naquele município e disse que contribuiu com a implantação dos oito
assentamentos da reforma agrária existentes no município. “Hoje, são mais de
seis mil pessoas, nos assentamentos da reforma agrária, contando com os
agregados (filhos, genros, noras e netos) que vivem sem precisar das ordens,
nem dos favores dos senhores feudais. E eu contribui para dar dignidade e
cidadania a essa gente”, disse.O deputado citou que já a prefeita e a família
dela, num passado não muito distante, faziam o contrário. “Levavam os
trabalhadores para votar como se fossem “animais ferrados”, vestidos de tecidos
de chita e cáqui, já com as ordens direcionadas em relação ao voto”, relembrou.
De acordo com ele, a própria
prefeita chegava armada nas áreas reivindicadas pelos trabalhadores, tentando
expulsa-los das terras. “Por defender os trabalhadores, eu fui preso a mando da
família da prefeita, na luta da fazenda Tabatinga (hoje assentamento Dona
Antônia) que tinha como chefe o pai dela, Almir Correia, e passei seis dias
atrás das grades injustamente. Na luta pela conquista do assentamento Tambaba,
eu cheguei a ser raptado e fui mantido em cárcere privado, durante um dia e uma
noite, por Enio Guerra, que disputava com Olegária Lundgren – família da
prefeita – as terras de Tambaba”, relatou o deputado. O parlamentar disse que
tem orgulho de ter sofrido tudo isso, numa causa que busca dignidade e
liberdade para um povo que vivia sobre opressão. “Quero dizer a senhora
prefeita, que o meu compromisso não é com o padre Severino, nem tampouco com
Aguinaldo Ribeiro. Não tenho nada a ver com essa aliança deles. O meu
compromisso é com a luta dos trabalhadores, é com o bem estar daqueles que
buscam sair das margens da sociedade”, afirmou o deputado.
Assessoria
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