Ademir afirma que Zezé isolou-se do processo político quando decidiu apoiar Pedro Cunha Lima


O prefeito de Santa Luzia, Ademir Morais, foi o entrevistado desta segunda-feira (19), do Programa Sta Luzia Notícias, da Rádio 104,9. Em um diálogo franco e aberto, como ele mesmo costuma dizer, o gestor respondeu a várias perguntas sobre política e administração pública.

Ademir disse que tem enfrentado um período difícil frente ao poder público devido à crise que afeta o país em todas as áreas. Segundo ele, providências estão sendo tomadas para que os gastos da prefeitura diminuam consideravelmente, e em breve deverá convocar os aprovados no concurso público realizado neste ano. Ele também alertou que em dezembro o corte será geral e os únicos contratados que permanecerão com vínculo serão os médicos.

Em relação à política local, o prefeito disse não acreditar em três candidaturas, muito embora torça para que haja até mais do que isso e o processo se torne cada vez mais democrático. 

"Não acredito em três candidaturas. Aqui, em Santa Luzia, as eleições para prefeito sempre foram muito polarizadas. Porém eu torço para que haja até quatro chapas ou mais, para que o eleitor possa ter várias opções. Quando fui eleito pela primeira vez para administrar Santa Luzia, em 1982, por exemplo, haviam quatro candidaturas", disse.

Em relação ao vice-prefeito Zezé, Ademir diz ter uma parceria amiga e transparente e confessou que o acordo para 2016 ficou comprometido após as eleições do ano passado.

"O meu candidato natural era Zezé, mas quando ele optou por votar em Pedro Cunha Lima para deputado federal, acabou se isolando do processo (o candidato do grupo era Efraim Filho). E vamos ser sinceros, com a derrota de Cássio, ele e eu ficamos enfraquecidos. Tentei de tudo. Pedi para que Zezé conversasse com o PMDB para que, com o meu apoio, eles demonstrassem interesse em o lançar como pré-candidato. E a resposta foi: com Ademir no meio não dá. Depois disso fui até Jackson. Sabia da vontade dele em ser candidato a prefeito. Falei: Jackson, converse com os líderes do seu partido, que até então era o PMDB, pergunte se há a possibilidade do partido lançar você como pré-candidato, e pode contar com o meu apoio. E novamente fui rejeitado. Então, o problema sempre foi Ademir. Eles não me querem perto deles. Assim fica difícil haver uma aliança entre ambas as partes".

Morais torce para que o grupo continue unido, mas afirmou que caso Zezé seja candidato pela oposição, não dirigirá críticas a ele em cima de um palanque. "Torço para que Zezé continue no nosso grupo. Mas caso se lance candidato a prefeito pela oposição, eu, Ademir Morais, não direi uma só palavra que denigra a imagem dele", afirmou.

Ele encerrou a entrevista reforçando a pré-candidatura de Jackson Santos a prefeito, pelo grupo de situação, e disse que o seu partido, o PSDB, tem sim a pretensão de indicar o vice.

Imagem: Sidney Silva
Politica do Vale

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