GAECO encontra documento que revela que envolvidos na Operação Dom Bosco já tinham conhecimento da investigação

A Operação Dom Bosco, desencadeada pelo Ministério Público Federal (MPF) para desbaratar uma organização criminosa que fraudava licitações em várias cidades do sertão paraibano, ainda tem desdobramentos por parte das investigações que estão em andamento após a decisão judicial que culminou com apreensão de documentos, prisão do proprietário da empresa AMPLA LTDA, Alexandro Araújo, e conduções de envolvidos. A operação aconteceu na sexta-feira, dia 16, em Patos, Campina e João Pessoa.

Cerca de 50 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atuaram na proteção e transporte dos responsáveis pelas buscas, membros do Ministério Público através do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (GAECO), servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), além de vários funcionários do Ministério Público Federal estiveram envolvidos na operação que foi comando pelo Procurador da República Dr. João Raphael. A Operação Dom Bosco, que recebeu este nome devido a Livraria e Papelaria Dom Bosco ser o foco inicial das investigações, movimentou a cidade de Patos, sede das empresas AMPLA, Papelaria Patoense e Mix Mercadinho, esta última empresa fantasma criada para burlar processos licitatórios.

Durante a operação e cumprindo mandados de busca e apreensão de documentos em diversos locais, entre os quais Prefeitura Municipal de Patos que participava da fraude, o GAECO descobriu no apartamento de um dos investigados, que dados sigilosos estavam em poder deste e, devido a isso, a Operação Dom Bosco pode não ter chegado a todos os responsáveis, pois os envolvidos nas fraudes tomaram precauções nas ligações telefônicas, fecharam empresas e mudaram o modus operandi do crime que pode ter movimentado 50 Milhões de Reais de forma ilícita.

Foi encontrado na casa de um dos investigados que é de Patos e mora em Campina, José Corsino Peixoto, um extrato da movimentação do processo de interceptação telefônica iniciado pelo GAECO junto à justiça estadual. Processos de interceptação são sigilosos e não se sabe como o investigado teve conhecimento da medida.


Jozivan Antero – Patosonline.com

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