Comissão dos Direitos Humanos visita famílias de PMs assassinados e disponibiliza assessoria
O presidente da comissão
dos direitos humanos da Assembleia Legislativa, deputado Frei Anastácio (PT),
colocou a assessoria jurídica do mandato dele à disposição das famílias de
policiais assassinados na Paraíba. O deputado fez isso, depois de realizar
visitas, ontem (23), a algumas famílias de policiais militares
assassinados,juntamente com representantes de várias entidades.
“Esse
foi apenas o início de uma agenda de visitas que faremos. E diante dos muitos
problemas das famílias coloco minha assessoria jurídica para dar assistência a
elas”, disse.
Além
do deputado, acompanharam a visita o Coronel Sena, comandante do 5º batalhão da
PM, representantes do 7º Batalhão, tenente Marijane, da Caixa Beneficente,
Sargento Pereira e Cabo Gilberto, além de outras entidades ligadas aos direitos
humanos.
Famílias clamam por justiça
A
primeira família visitada foi a do sargento Sandro Pereira, ferido no dia 2 de
fevereiro, no Bairro da Geisel, após abordar meliantes armados, alvejado,
morreu no Hospital de Emergência e Trauma um dia depois. A mãe do sargento,
Dona Severina, falou para o parlamentar que é preciso que a justiça não solte
os assassinos do seu filho para que eles não voltem a matar outras pessoas.
“Ele era um filho muito amado que fazia de tudo pela família, ajudava tanto
financeiramente quanto nos trabalhos de casa. Não deixem que soltem esses
assassinos para que eles não matem mais um filho de outras pessoas”, desabafou
Dona Severina.
A
segunda casa visitada foi a do cabo Laurentino, morto por tentar defender uma
cidadã, que também morreu, no Bairro de Várzea Nova, em Santa Rita. A comissão
foi recebida pela esposa do cabo que mantinha uma união estável durante 22 anos
e diz que teme pela vida, já que os assassinos do seu marido ainda estão a
solta. “Não sei quem foi que tirou a vida do meu marido e tenho medo de andar
na rua”, frisou Dona Maria Lenir, esposa do cabo Laurentino.
Frei
Anastácio ainda ouviu das famílias que falta transparência para acompanhar os
processos, tanto dos que cometeram os crimes, quando o da pensão e que além de
tudo, 42% do salário dos policiais são retirados já que quase metade é
gratificação e não ganho real. “Essa foi a primeira etapa de visitas. Vamos
continuar em breve com essa missão”, destacou.
Assessoria
0 comentários:
O seu comentário é sua total responsabilidade.