Quarta fase da Operação Andaime vai alcançar 80 municípios da Paraíba
A quarta fase da Operação Andaime, criada para desarticular
empresas fantasmas que fraudavam licitações em
Prefeituras Municipais, podem ser alcançados 80 municípios paraibanos. O
procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Bertrand
de Araújo Asfora, anunciou novas operações, cujo trabalho é realizado em
parceria com a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, Controladoria
Geral da União, Gaeco e a Polícia Militar.
Bertrand Asfora compara a Operação Andaime a Operação Laja
Jato, que descobriu esquema de corrupção na Petrobras. "A Operação Andaime
é a Laja Jato da Paraíba", disse sem querer adiantar se vai haver mais
prisões. O procurador-geral de Justiça do MP detalhar as ações desenvolvidas na
terceira fase da 'Operação Andaime', deflagrada no dia 18 de fevereiro quando
seis pessoas foram presas, entre as quais a prefeita de Monte Horebe, Cláudia
Dias, e seu marido, Fábio Barreto. Também foram cumpridos cinco conduções
coercitivas e 27 mandados de busca e apreensão nos municípios paraibanos de
Cajazeiras, Monte Horebe, Bonito de Santa Fé e Uiraúna.
Na terceira fase da Andaime foi comprovada a existência de
uma organização criminosa do colarinho branco levada a cabo por Francisco
Justino do Nascimento, vulgo “Deusimar”, sua esposa, Elaine da Silva Alexandre,
vulgo “Laninha”, e seus demais familiares, com o objetivo de fraudar licitações
públicas em diversos municípios da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte,
mascarar desvios de recursos públicos em favor próprio e de terceiros, lavar o
dinheiro público desviado e fraudar os fiscos federal e estadual, tudo através
das empresas “fantasmas” Servcon Construções Comércio e Serviços Ltda. – EPP,
nome fantasia “Construtora Servcon” (CNPJ 10.997.953/0001-20), e Tec Nova –
Construção Civil Ltda. – ME (CNPJ 14.958.510/0001-80).
Segundo as investigações, os núcleos criminosos instalados
nos municípios contratavam os serviços de Francisco Justino do Nascimento, que
através de suas empresas “fantasmas” participava das licitações e fornecia toda
a documentação legal para dar esteio à despesa pública, sendo Francisco Justino
remunerado por esse serviço em valor variável entre 2% a 8% do valor da nota
fiscal.
No Município de Monte Horebe, por exemplo, havia os
seguintes operadores: Eloízio Dias Guarita, Mário Messias Filho, Francisco
Antônio Fernandes de Sousa (Antônio Popo) e Francisco Moreira Gonçalves (Didi
da Licitação). Para executarem diretamente os contratos dessas empresas,
contaram com a efetiva participação de Fábio Barreto Ferreira e Erivaldo Jacó
de Sousa, tendo como parâmetro temporal os mandatos de Erivan Dias Guarita e
Cláudia Aparecida Dias. Cláudia passou a executar diretamente o contrato de
coleta de resíduos sólidos, por meio das empresas Construtora Servcon (CNPJ
10.997.953/0001-20) e Lorena & Adria Construções, Comércio e Locações Ltda.
– ME (CNPJ 15.407.975/0001-06), cedidas ilicitamente por Francisco Justino e
por Francisco Antônio Fernandes de Sousa (Antônio Popo).
BlogSãoMamede1 com PatosOnLine
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