Governo "Temer" tira beneficio a Brasileiros no Mais Médicos, confira:
Ministério da Saúde anunciou sem
alarde nesta terça-feira 8, junto com uma licitação que ofertará mil vagas para
médicos brasileiros no programa Mais Médicos, que irá acabar com a bonificação
de 10% dada a esses profissionais em provas de residência médica; "O
governo Temer quer incentivar a participação dos brasileiros reduzindo os
incentivos?", questiona Hêider Pinto, ex-coordenador nacional do
programa, durante o governo Dilma, acusando o discurso de ser contraditório.
247 – O ministro da Saúde,
Ricardo Barros, anunciou nesta terça-feira 8 o lançamento de um edital na
próxima sexta 11 ofertando 1.000 vagas para médicos brasileiros no programa
Mais Médicos. A intenção da pasta é substituir mais de 800 vagas antes ocupadas
por médicos cubanos.
Mas o que o ministério não
explicou é que pretende acabar com a bonificação de 10% dada aos médicos
brasileiros em provas de residência médica (a formação com a qual os médicos se
tornam especialistas).
Essa bonificação, conforme
explica Hêider Pinto, ex-coordenador nacional do programa, durante o governo
Dilma Rousseff, está garantida na Lei 12.871 e a partir de 2015 passou a ser
aplicada ao Mais Médicos, quando aconteceu a integração do Programa de
Valorização da Atenção Básica (PROVAB) com o Mais Médicos.
Todas as vagas ofertadas a partir
de então foram preenchidas por médicos brasileiros, sendo que dois em cada três
desses profissionais fazem a opção de receber a bonificação de 10%.
Na apresentação disponibilizada
no site do Ministério da Saúde existem menções indiretas sobre a mudança,
quando são tratados dos benefícios do programa e do tempo de atuação, mas em
nenhum momento o corte do benefício é abordado diretamente.
Para Hêider Pinto, "mais uma
vez o governo retira um direito e apresenta uma proposta sem transparência. Com
isso, testa a reação dos médicos e da sociedade, se for pequena, seguem com o
plano, se for maior, possivelmente recuarão e dirão que não era bem
assim".
"Mais prejudicado que os
médicos serão os usuários que ficarão sem atendimento. É uma medida que não se
justifica tecnicamente, a única motivação seria a de realizar uma concessão às
entidades médicas que são contra o benefício, por verem nele, de forma
deturpada, um prejuízo à 'meritocracia'", complementa o ex-coordenador do
programa.
"Nessa queda de braço, o
governo Temer resolveu prejudicar os cidadãos atendidos e fazer um discurso
contraditório ou demagógico: quer incentivar a participação dos brasileiros
reduzindo os incentivos?", questiona.
247Brasil
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