Prefeituras perdem quebra de braço com estados na recomposição do ICMS e ISS
Os municípios
brasileiros sairão prejudicados com o projeto de Lei Complementar (PLP)
149/2019 que prevê uma recomposição da União aos municípios e estados como
forma de minimizar as perdas com o ICMS e o ISS, causadas pela pandemia do
coronavírus. Os estados acabaram ficando com a maior fatia dessa recomposição,
cujo recurso é utilizado para manter serviços essenciais.
A Federação das
Associações de Municípios da Paraíba (Famup) destaca que além de perder essa
recomposição, as gestões municipais perdem ainda em relação aos repasses que
são feitos pelos estados para alguns fundos, como o da Educação, pois eles
argumentam uma redução de receita. “Não há a garantia de que os fundos serão
recompostos na mesma proporção e isso significa ainda menos recursos para
manter as prefeituras em funcionamento”, disse o presidente da entidade
municipalista George Coelho.
A matéria sofreu
várias alterações dos senadores em sua tramitação e o rateio de uma parte do
pacote financeiro foi modificado, reduzindo a participação dos municípios em R$
5 bilhões. Vale lembrar que nenhuma prefeitura recebeu os recursos dessa
recomposição já que o projeto ainda tramita no Congresso e nem existe data
prevista para o pagamento.
A Famup orienta os
prefeitos para que façam contato com seus deputados federais para que votem o
texto do Senado sem modificações, mesmo com a perda, pra que as gestões
municipais tenham esses valores da recomposição já nas contas dos municípios
paraibanos a partir do dia 15 de maio.
“Vamos dialogar com
os deputados federais para que entendam as dificuldades dos municípios que
estão enfrentando sérias dificuldades com as quedas nas arrecadações. Hoje os
municípios são responsáveis pela manutenção de grande parte dos serviços
essenciais em diversas áreas, principalmente na saúde, assistência social e
educação. São programas que não podem parar e por isso é essencial que as
administrações recebam essa recomposição para que as perdas não prejudiquem a
população”, defende o presidente da Famup, George Coelho.
O movimento
municipalista defende integralmente a primeira versão do relatório apresentado
pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) por entender que ele atendia as demandas.
Além de um pacote de R$ 119,6 bilhões, o texto estende o decreto de calamidade
para todos os Entes federativos, facilita o acesso a transferências voluntárias
e operações de crédito, suspende o pagamento de dívidas e de operações de
crédito interno e externo, e possibilita a securitização de contratos de
dívida.
Um dos pontos
positivos do texto aprovado é que ele suspende, até 31 de dezembro, a dívida
previdenciária dos regimes gerais e a contribuição patronal dos regimes
próprios (desde que aprove lei municipal) contemplando assim importante pleito
do movimento municipalista.
Multipla
FAMUP
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