VÍDEO - Após 20 anos, Juri do Caso Romero Nóbrega é Realizado

Depois de 20 anos e vários adiamentos, o julgamento de José Ademilson de Oliveira, acusado de ter provocado o acidente que matou o Procurador do Estado, Romero Abdon da Nóbrega, 53; a esposa Suely Espínola Nóbrega, 44; a filha mais nova do casal Maria de Fátima Nóbrega, 11; a empregada Vera Oliveira de Sousa, 31 e sua filha de três anos, Maria Raquel Oliveira de Sousa, foi realizado no Fórum da cidade de São Mamede.

A sessão começou por volta das 9:00h da manhã. A acusação defendeu a tese de Homicídio Doloso cinco vezes, atribuindo que o réu transitava na contramão quando atingiu o veículo do advogado Romero Nóbrega e que por isso deveria ser condenado.

Na argumentação da defesa, José Ademilson não teria provocado o acidente por vontade própria e pediu a desqualificação do crime de “doloso” para “culposo”. Após as réplicas os jurados decidiram e a Juíza, Virgínia Mariz anunciou a sentença.

Acatando a tese da defesa, o crime foi desclassificado, sendo considerado culposo, conforme artigo 121, parágrafos 3º e 4º do Código Penal. A pena não ultrapassa quatro anos e a prescrição acontece em oito anos, conforme artigo: 109, inciso quatro.

Também o crime de lesão corporal de natureza grave, não passa de cinco anos, prescrevendo em 12 anos. Como já se passaram 20, os prazos ficam extintos e com isto o motorista da Carreta foi absolvido.

Segundo o advogado de acusação, Breno Wanderley, ele irá recorrer e espera que o réu seja condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado. Já para o Defensor Público Antônio Rodrigues, a justiça foi feita uma vez que todos os prazos foram vencidos.
 

Por Marcelo Negreiros

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