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Primeira leitura (Jonas
1,1–2,1.11)
Segunda-Feira, 3 de Outubro de
2011
Bvs. André de Soveral, Ambrósio
F. e Comps. Mts.
Início da Profecia de Jonas.
1,1 A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amati, que
dizia: 2 “Levanta-te e põe-te a caminho da grande cidade de Nínive e
anuncia-lhe que sua perversidade subiu até a minha presença”.
3 Jonas pôs-se a caminho, a fim de fugir para Társis, longe da
presença do Senhor; desceu a Jope e encontrou um navio com destino a Társis,
adquiriu passagem e embarcou com os outros passageiros para essa cidade, para
longe da presença do Senhor.
4 Mas o Senhor mandou um vento violento sobre o mar, levantando uma
grande tempestade, que ameaçava destruir o navio. 5 Tomados de pavor, os
marinheiros começaram a gritar, cada qual a seu deus, e a lançar ao mar a carga
do navio para o aliviar.
Jonas havia descido ao porão do navio, deitara-se e dormia a sono
solto. 6 O chefe do navio foi vê-lo e disse: “Como! Tu dormes? Levanta-te e
reza ao teu deus; talvez ele se lembre de nós, e não morramos”.
7 Disseram entre si os marinheiros: “Vamos tirar a sorte, para saber
por que nos acontece esta desgraça”. Lançaram a sorte, e esta caiu sobre Jonas.
8 Disseram-lhe: “Explica-nos, por culpa de quem nos acontece esta desgraça?
Qual é a tua ocupação e donde vens? Qual é a tua terra, de que povo és?” 9 Ele
respondeu: “Eu sou hebreu e temo o Senhor, Deus do céu, que fez o mar e a terra
firme”. 10 Aqueles homens ficaram possuídos de grande medo, e disseram: “Como é
que fizeste tal coisa?”
Pelas palavras dele, acabavam de saber que estava fugindo da presença
do Senhor. 11 Disseram então: “Que faremos contigo, para acalmar o mar?” Pois o
mar enfurecia-se cada vez mais.
12 Respondeu Jonas: “Tomai-me e lançai-me ao mar, e o mar vos deixará
em paz: eu sei que, por minha culpa, se desencadeou sobre vós esta grande
borrasca”.
13 Os marinheiros, à força de remar, tentavam voltar à terra, mas em
vão, porque o mar cada vez mais se encapelava contra eles.
14 Então invocaram o Senhor e rezaram: “Suplicamos-te, Senhor, não nos
deixes morrer em paga pela vida deste homem, não faças cair sobre nós este
sangue inocente; fizeste, Senhor, valer tua vontade”.
15 Então, tomaram Jonas e atiraram-no ao mar; e cessou a fúria do mar.
16 Invadiu esses homens um grande temor do Senhor, ofereceram-lhe sacrifícios e
fizeram-lhe votos. 2,1Determinou o Senhor que um grande peixe viesse engolir
Jonas; e ele ficou três dias no ventre do peixe. 11 Então o Senhor fez o peixe
vomitar Jonas na praia.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo (Jonas 2,2-8)
— Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!
— Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!
— Do fundo do abismo, do ventre do peixe, Jonas rezou ao Senhor, o seu
Deus, a seguinte oração:
— Na minha angústia clamei por socorro, pedi vossa ajuda do mundo dos
mortos e vós me atendestes.
— Senhor, me lançastes no seio dos mares, cercou-me a torrente, vossas
ondas passaram com furor sobre mim.
— Então, eu pensei: eu fui afastado para longe de vós; nunca mais hei
de ver vosso Templo sagrado.
— E quando minhas forças em mim acabavam, do Senhor me lembrei,
chegando até vós a minha oração.
Evangelho (Lucas 10,25-37)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 25 um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus
em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a
vida eterna?”
26 Jesus lhe disse: “Que está escrito na Lei? Como lês?” 27 Ele então
respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua
alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como
a ti mesmo!”
28 Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e
viverás”. 29 Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu
próximo?”
30 Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e
caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e
foram-se embora deixando-o quase morto.
31 Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando
viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32 O mesmo aconteceu com um
levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
33 Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e
sentiu compaixão. 34 Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho
nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma
pensão, onde cuidou dele. 35 No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e
entregou-as ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu
voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais”.
E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do
homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37 Ele respondeu: “Aquele que usou de
misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor
Homilia
Qual tem sido a nossa filosofia de vida?
Uma das mais conhecidas
parábolas de Jesus foi contada em resposta a um encontro que Ele teve com um
doutor da Lei, alguém que estudara completamente a Lei de Deus e estava
preparado para discutir seus pormenores. Em outras palavras, não era suficiente
recitar a Lei de Deus, mas vivê-la de maneira a agradar ao Senhor! Para isso, a
pessoa tem que colocar em ação o que a Lei de Deus requer, sendo a essência
desta o amor: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, com todas as
forças e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo.
Esta parábola descreve a bondade
e o amor que nosso Salvador tem para com o homem caído e infeliz. Nós éramos
como esse pobre e aflito viajante. Satanás – nosso inimigo – havia nos
assaltado, despojado e ferido. Estávamos por natureza mais que semimortos em
nossos delitos e pecados, completamente incapazes de nos salvar pois não
tínhamos forças.
A Lei de Moisés – como o
sacerdote e o levita da parábola, – não tem compaixão de nós. Não nos oferece
alívio. Passa “ao largo”, não tendo piedade nem poder para nos ajudar.
Mas eis que veio o abençoado
Jesus, o Bom Samaritano. Ele teve compaixão de nós. Ele cuidou das nossas
feridas. Ele derramou sobre elas não “azeite e vinho”, mas o Seu próprio
sangue.
As pessoas que se relacionaram
com o homem ferido podem ser classificadas em três grupos, de acordo com a sua
filosofia de vida: assaltantes (salteadores ), os indiferentes (o sacerdote e o
levita) e os misericordiosos (o bom samaritano).
Muitos são os que vivem na
cobiça, assaltando e tirando vidas, procurando ampliar cada vez mais o que têm
à custa do sangue de outros: “O que é meu, é meu! E o que é seu, será meu, se
eu conseguir tomar de você”. E, então, arranjam mil e uma maneiras de
conseguirem isto. Essa é a filosofia de muita gente. Milhões vivem numa vida de
egoísmo e ganância.
Vivemos num mundo de
indiferenças, onde se diz: “O que é meu, é meu! E o que é seu continuará a ser
seu, se você puder defendê-lo”. Essa é a filosofia de muitos que são
indiferentes à dor e ao sofrimento alheios.
Mas Jesus nos ensina e prova o
contrário através do bom samaritano: “O que é seu, é seu! E o que é meu será
seu, se você precisar. O meu vinho, o meu azeite, o meu animal, o meu dinheiro,
a minha energia e o meu tempo serão seus, se você precisar”. As oportunidades
de ajudar aos outros geralmente são inesperadas e inconvenientes.
Qual tem sido a nossa filosofia
de vida? A dos assaltantes, a dos indiferentes ou a do bom samaritano? O que
caracteriza nosso relacionamento com o próximo? A cobiça, a indiferença ou o
amor?
A narração de Jesus ensina que
viver agora e sempre, como povo de Deus, significa demonstrar compaixão. Mesmo
quando isso nos incomoda, mesmo quando desafia nossa compreensão tradicional e,
até mesmo, quando nos custa algo pessoal. Isso é o que Jesus está nos dizendo:
“Vá e faça o mesmo”.
Padre Bantu Mendonça
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