sábado, 17 de dezembro de 2011

Frei Anastácio convoca movimentos sociais a defenderem mananciais da Paraíba


O deputado estadual Frei Anastácio (PT) defendeu, durante o XXII Encontro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que está sendo realizado no assentamento da reforma agrária, Tiradentes, em Mari,que é preciso uma maior união dos movimentos sociais na luta de defesa dos recursos naturais da Paraíba. “Nós temos hoje uma grande luta em defesa da transposição de águas do rio São Francisco, mas vemos nossos rios sendo destruídos e os gestores públicos sem fazer nada para salvá-los. Isso é uma grande contradição. Eles querem água, no entanto não cuidam dos mananciais que existem no estado”, disso o parlamentar.
O encontro do MST começou sexta-feira e termina neste domingo (18), com participação de aproximadamente 500 trabalhadores dos pólos do litoral, Várzea, Borborema, Cariri, Vale do Piancó e Serra de Teixeira.O objetivo é compartilhar experiências desenvolvidas em torno de um novo conceito de luta que é “ resistir,produzir e derrubar o capitalismo implantado pelo agronegócio”. O MST está elaborando estratégias de luta para impedir que esse avanço atinja diretamente o pequeno agricultor, a exemplo das fábricas de cimento que estão planejadas para os assentamentos da grande Mucatu,que ficam entre os municípios de Conde,Alhandra e Pitimbu.
Frei Anastácio elogiou a ação do MST e o novo foco de luta, uma vez que segundo ele, o capital privado está avançando. “Nesse avanço, em busca de lucros, existe a degradação do meio ambiente com ações mercantilistas que envolvem a destruição da flora, fauna, dos mananciais e do ser humano, com as “nuvens” de agrotóxicos derramadas indiscriminadamente nas plantações, como é o caso que está acontecendo nas várzeas de Sousa no sertão do estado, onde uma empresa privada está contaminando rios e trazendo problemas de saúde para famílias assentadas”,disse o deputado.
Durante o encontro também será empossada a nova coordenação estadual do MST,composta por Juliana Carneiro e Paulo Sérgio Alves.O principal desafio anunciado por eles é trabalhar na conscientização do trabalhador rural de que é possível produzir sem agrotóxicos,lutar contra a venda e negociação de lotes da reforma agrária e da negativa da produção de monoculturas como a cana de açúcar.
Durante o evento, os integrantes do MST realizaram uma mística com muito simbolismo para relembrar a luta pela terra, como forma de descentralização fundiária. Eles ainda realizaram uma homenagem especial, dedicando o encontro ao militante do MST Egidio Brunetto, falecido esse ano em um acidente no estado do Mato Grosso do Sul.
“Acho importante que o MST tenha essa visão e perceba que o capitalismo do agronegócio tem como padrão, passar por cima de tudo e de todos em nome do dinheiro e de lucro”, disse Frei Anastácio, elogiando o tema do encontro deste ano. “Nossos rios, nossas terras, nosso alimento, nossas vidas, tudo sendo engolido em favor de poucos, se não reagirmos, não teremos mais pelo quê lutar”, disse o parlamentar.

Veja o Vídeo;

Frei Anastácio fala sobre perseguição do governo na Paraíba


Nenhum comentário:

Postar um comentário

O seu comentário é sua total responsabilidade.