Quem passa e quem passar pelas margens do Açude Novo de Santa Luzia irá se deparar com cenas tristes, um açude tomando pelo mato, peixes morrendo, outros mortos pelas margens e um mau cheiro horrível, já quase beirando o insuportável.
Segundo a bióloga Williany Marillac, um dos fatores que está provocando o acentuado número de mortes nos peixes pode ser associado ao acúmulo de matéria orgânica neste manancial, ocorrendo uma grande proliferação de bactérias aeróbias, que, ao efetuarem a decomposição da mesma, utilizam o oxigênio dissolvido (OD) do meio líquido para a sua respiração.
“Essas bactérias passam a competir com os demais organismos ali existentes, nessa briga pela sobrevivência, as bactérias que necessitam de baixas quantidades de oxigênio, se sobressaem na competição provocando a morte dos peixes. A tendência da população de decompositores da matéria orgânica é só aumentar tornando a água eutrofizada e dentro de algum tempo imprópria para consumo”. Disse a bióloga.
Um outro fator é que, com a estiagem prolongada, a água evapora rapidamente, e isso causa a alta salinidade da água e a escassez de oxigênio podendo também causar a morte dos peixes.
Essa é a realidade atual do Açude Novo de Santa Luzia, um ente de mais de 80 anos e que agora agoniza por conta da seca que afeta a região, castiga a Zona Rural, mata animais, peixes e deixa a população preocupada com a situação.
O Açude conta hoje com menos de 10% da sua capacidade total e em breve deverá seca por completo. A Cagepa ainda retira água do açude para abastecer a população, mas também em bem pouco tempo deverá deixar de fazê-lo, uma vez que não conseguirá mais captar a água com seus equipamentos.
Outro fator é a água que está chegando aos consumidores, salgada, o que gerou muitos protestos da população local nesta semana.
Sertão 1
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