quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Rei em mordomia, Cássio gasta três vezes mais do que Lira e Zé Maranhão

É do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) a medalha de ouro em gastos públicos no Senado da República, conforme apurou A PALAVRA tendo como base dados do portal da transparência, ficando nesse caso dois filhos de Campina Grande - ele no Senado; Veneziano na Câmara - como maiores gastadores da chamada cota de atividade parlamentar através da qual se ressarcem de despesas com alimentação, passagens aéreas, consultoria, alugueis, publicidade e outras.

Rei da mordomia, o tucano gastou R$ 299.038,69 (até setembro), batendo de longe os dois outros representantes paraibanos, José Maranhão (PMDB) e Raimundo Lira (PMDB), ambos bastante comedidos no uso da verba e que apenas gastaram no mesmo período, respectivamente, R$ 93.175,90 e R$ 83.112,56.

Cássio é também, assim como o deputado federal Veneziano Vital do Rego (ainda PMDB), o campeão em gastos com publicidade. Inteligentemente, porém, ele até que tentou camuflar o que consumiu para noticiar o mandato, deslocando a maior parte do dinheiro (R$ 136.790,20) para a rubrica APOIO, enquanto assumiu apenas R$ 66.000,00 com DIVULGAÇÃO.

Na realidade, Cássio gastou R$ 202.790,20 com publicidade, considerando que em APOIO ele colocou recibos de serviços prestados por jornalistas, empresas de internet (blogs e portais) e outras correlatas.

No total, os três senadores paraibanos gastaram até setembro R$ 475.326,25 da cota parlamentar a que tem direito, sendo que os valores com mídia atingiram R$ 312.770,20.

BOCA LIVRE
A ‘boca livre’ de Cássio na Capital da República não é mais novidade para ninguém. Ano passado, por exemplo, ele ganhou a censura da grande imprensa depois de espetar uma conta de R$ 7,5 mil no contribuinte por uma única refeição numa famosa churrascaria. "A farra não tem fim nem limite", disse na época o jornalista Heródoto Barbeiro, da Rede Bandeirantes de TV.

“Congresso banca `hábito gourmet´ dos parlamentares”, denunciou o título da página A10 do jornal O Estado de São Paulo sobre as despesas com bocas-livres patrocinadas por parlamentares em que eles torram a nossa grana sem dó nem piedade.

O jornal ilustrou a matéria exatamente com a reprodução da nota fiscal 221515 do restaurante “Porcão”, de Brasília, o preferido dos políticos que não se importam com o valor da conta, emitida em nome do senador Cássio Cunha Lima.

Valor: R$ 7.567,60, ou seja, mais de dez salários mínimos. Na parte de “discriminação das mercadorias” encontra-se uma singela informação: “Refeições”. Não diz nem quantas foram servidas porque isso, certamente, não interessa a ninguém.

A boca-livre com dinheiro público foi oferecida pelo senador após uma homenagem a seu pai, o ex-parlamentar e ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima, que ficou famoso por ter disparado três tiros contra o seu antecessor Tarcísio Burity, em um restaurante de João Pessoa, sem nunca ter sido condenado, como relataram na matéria os repórteres Bernardo Caram e Andreza Matais.

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