O deputado estadual Frei
Anastácio disse, hoje (20), que a extinção do Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA) e o desmonte do Incra representam um grande atraso na agricultura
familiar que produz 71% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro. “Essa
medida desse governo ilegítimo é um golpe mortal na agricultura familiar e
favorece o agronegócio, as grandes empresas. Isso é um grande retrocesso que
irá reduzir a produção agrícola familiar em todo o Brasil”, afirmou.
O deputado argumenta que a população
rural brasileira, que chega a 70 milhões de pessoas, deverá ser afetada direta
ou indiretamente pela equivocada decisão do presidente interino da República,
Michel Temer. “Além de extinguir o MDA, o governo retira importantes
atribuições do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Servidores do Incra e MDA, em
todo o país, estão mobilizados e alertando a população sobre os riscos que as
medidas tomadas pelo governo interino trarão para a agricultura. “Em reunião
realizada, com representantes de 17 estados, em Brasília, as entidades
nacionais que representam os servidores das duas instituições, divulgaram nota
alertando a população brasileira sobre esse desmonte da agricultura familiar”,
destacou.
De acordo com o deputado, os
representantes dos 17 estados (AC, AM, AP, BA, CE, GO, MG, MS, MT, PA, PE, PR,
RJ, RO, RS, SP e TO) que participaram dos debates, estão preparando documentos
e mobilizações para tentar reverter o quadro. “As entidades afirmam, com muita
preocupação, que com apenas a publicação de uma medida provisória (MP 726/2016)
o governo interino de Temer promoveu um dos maiores desmontes do setor público
com impactos que podem ser catastróficos para a maioria da população. Isso tudo
sem debate, apenas com uma canetada”, disse o deputado.
Frei Anastácio acrescentou que
essas medidas autoritárias do governo irão provocar um reflexo negativo no
desenvolvimento do campo, redução de renda e queda na qualidade dos produtos
agrícolas que chegam à mesa do brasileiro. Além disso, irão descumprir os
pactos assumidos junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e a última
Conferência Climática – COP 21.
Entre as medidas de desmonte do
Incra estão a retirada das atribuições dos quilombolas, que passam para o
Ministério da Educação,o cadastro que vai para a Receita Federal e a Reforma
Agrária para o Ministério do Desenvolvimento Social. “Com essa diluição do
Incra e a extinção do MDA,fica clara a intenção do governo Temer de acabar com
a agricultura familiar que teve grandes avanços no governo do PT”, lamentou.
Agenda de reuniões
Reunião com direção do Sindicato
Rural de Queimadas
O parlamentar disse que está
percorrendo o estado realizando reuniões com agricultores, sindicatos rurais,
associações, assentados e lideranças políticas e dos movimentos sociais para
discutir a gravidade dessas medidas do governo interino. “Estamos vivendo uma
conjuntura política, social e econômica muito preocupante. A classe
trabalhadora, tanto do campo quanto da cidade, está entrando num grande
retrocesso em relação às conquistas que teve ao longo dos anos com muita luta,
suor e sangue. Não podemos ficar de braços cruzados diante de tudo isso. O povo
tem que reagir”,alertou.
Além de mobilizações nas ruas, o
deputado defende que os eleitores reajam nas urnas. “Estamos às portas das
eleições municipais. O povo deve evitar votar nos golpistas e nos seus aliados.
Em pouco tempo no governo, eles já mostraram que vieram para oprimir a classe
trabalhadora e retirar direitos”, ressaltou.
Assessoria
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