A Polícia Federal entregou no
último dia 12 o relatório à Justiça Federal sobre a fase Triplo X, deflagrada
em 27 de janeiro passado. Moro indiciou a publicitária Nelci Warken, que
reconheceu ser a proprietária do tríplex. Durante meses, o ex-presidente Lula
foi associado pela imprensa a uma operação supostamente ilegal relativa ao
imóvel.
A deputada Maria do Rosário
(PT-RS) ironizou, pelo Twitter: “E o tríplex? Não é do Lula? Os que perseguem
Lula farão nova sentença: Lula é culpado de existir! Não aceitamos que tenha
nascido e sobrevivido”, escreveu.
Além de Nelci, são indiciados
Maria Mercedes Riaño (chefe do escritório da Mossack Fonseca no Brasil), Luis
Fernando Hernandez, Rodrigo Andrés Cuesta Hernandez, Ricardo Honório Neto e
Renata Pereira Britto. Todos trabalhavam para a empresa no Brasil. O empresário
Ademir Auada, considerado pelo relatório intermediador da empresa, também foi
indiciado.
Em abril, foi divulgado o
vazamento que ficou conhecido como “Panama Papers”, com mais de 11 milhões de
documentos de 200 mil offshores, investigação jornalística mundial que apura documentos
da Mossack Fonseca, empresa panamenha dedicada à abertura de offshores em
paraísos fiscais e lavagem de dinheiro.
Segundo reportagem do jornal El
País na época, “aparecem entre os envolvidos nos chamados ‘papéis do Panamá’ os
nomes do (então) presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do
usineiro e ex-deputado federal João Lyra (PTB-AL) e do ex-ministro de Minas e
Energia Edison Lobão (PMDB-MA)”.
No relatório, o nome Lula é
citado apenas três vezes. “Duas, em depoimentos de gente que ‘ouviu dizer’ que
ele teria um tríplex. A terceira, no sobrenome de Marisa Letícia, cujo termo de
desistência da compra do apartamento é anexado ao inquérito”, observou o
jornalista Fernando Brito no blog Tijolaço.
BlogNelderMedeiros
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