O Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgou, nesta segunda-feira (29), o
Boletim Informativo da Febre Amarela Nº01, que abrange o período de 1º até 29
de janeiro de 2018. Até a Semana Epidemiológica 04/2018 foram registrados cinco
casos de Febre Amarela na Paraíba, sendo todos em pessoas com histórico de
viagem para áreas com transmissão da doença nos últimos 15 dias (São Paulo,
Goiás, Minhas Gerais e Rio de Janeiro). Dos casos registrados, quatro
foram em João Pessoa e um em Alagoa Grande. A SES ressalta que os casos seguem
em investigação, aguardando resultados de exames laboratoriais e investigação
epidemiológica.
A SES lembra que a Paraíba é
considerada área livre para Febre Amarela, sem circulação viral. Porém, se faz
necessário que os serviços de saúde públicos e privados estejam atentos a
possíveis casos suspeitos, conforme Portaria nº 204/2016 e definição do
Ministério da Saúde: “Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias),de início
súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente ou
precedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de
epizootias em primatas não humanos ou isolamento de vírus vetores nos últimos
15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado”. A
notificação deve ser comunicada à Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria de
Estado da Saúde em até 24 horas.
Monitoramento das ações – A
Febre Amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no
máximo 12 dias), cuja letalidade varia de 5 a 10% nos casos poucos
sintomáticos, podendo chegar a 50% nos casos graves (aqueles que evoluem com
icterícia e hemorragias). O ciclo silvestre de transmissão do vírus da Febre
Amarela envolve primatas não humanos (PNH) e mosquitos dos gêneros Haemagogus e
Sabethes. O homem, quando não imunizado, pode se infectar ao adentrar áreas de
mata em ambientes rurais e silvestres onde o vírus ocorre naturalmente. O ciclo
de transmissão urbano (por Aedes aegypti) não é registrado no país desde 1942.
A Paraíba não é área endêmica
para Febre Amarela, porém vem intensificando as ações de controle vetorial do
Aedes aegypti e realizando ações de vigilância ambiental da Febre Amarela de
forma passiva. Dessa forma, a SES orienta a intensificação das ações de combate
ao Aedes aegypti, de forma integrada e continuada, junto às diversas áreas
afins no âmbito municipal (Vigilância em Saúde Ambiental, Atenção Básica,
Secretaria de Educação, Secretaria de Infraestrutura e Limpeza Urbana, Secretaria
de Meio Ambiente, Movimentos Sociais entre outros), com objetivo de reduzir os
índices de infestação como medida de prevenção.
No que se refere à vigilância dos
primatas não humanos (PNH), recomenda-se às Secretarias Municipais de Saúde que
em caso de adoecimento e/ou mortes desses primatas, informarem a Secretaria de
Estado da Saúde pelos telefones (83) 3218-7491 ou 3218-7434 para as orientações
necessárias. Até o momento não foi recebida nenhuma amostra de PNH para análise
laboratorial.
Imunização – A recomendação
de vacinação para a Febre Amarela é para o usuário que reside em Áreas com
Recomendação da Vacina contra Febre Amarela e pessoas que vão viajar para
regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, conforme link http://portalms.saude.gov.br/images/listavacinacaofa.pdf.
Para tanto, no âmbito estadual, o
Núcleo de Imunizações da SES-PB é o setor responsável pela solicitação,
recebimento, distribuição e monitoramento dos registros de doses aplicadas,
alimentadas pelos 17 municípios que são referências para administração da
vacina.
MaisPB
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