quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

A segregação racial (texto de Anchieta Guerra)


A história da escravidão no Brasil vislumbra em sua existência, um legado de sofrimento e exploração: do homem branco sobre o homem negro.

Essa triste e tenebrosa página histórica, que denegriu e subestimou o ser humano pela sua cor, procrastinou a ascensão do homem negro aos anseios sociais, em virtude da descriminação social a ele imputada ao longo dos anos.

Não obstante a tudo isso, o fato da segregação racial ter se alastrado por todo continente americano, dificultou mais ainda seu pleno direito de desfrutar dos mesmos direitos do homem branco.

O mercantilismo empregado pelos europeus tratou de inserir os habitantes de parte da África, como meras mercadorias vendáveis, tornando-os escravos e, conseqüentemente, objetos da manipulação feudal.

Para o Brasil foram trazidos, (de maneira desumana, uma vez que vinham em purões de navios), escravos que habitavam a região  litorânea da África, como: Angola e Congo (bantos) que, geralmente, eram levados para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco.

Já, para a Bahia, foram mais frequentes a vinda dos escravos trazidos da costa do Guiné (sudaneses).

Após suas vendas para os Senhores Rurais, os escravos eram selecionados conforme classificações adotadas pelos compradores, que procurava mescla-los por etnias diferentes, tentando assim, evitar que escravos da mesma etnia se juntassem e fizessem rebeliões futuras.

Isso, porém, era muito triste para os escravos que vinham da mesma tribo ou região, uma vez que, não poderiam mais se encontrar, já que iriam para fazendas muito distantes umas das outras, tornando-se impossível o reencontro desses grupos tribais, de mesma etnia.

Essa, além de ser uma das grandes manchas vergonhosa que emplacou no Brasil Colonial é, também, a saga de sofrimento de um povo que vem ao longo dos séculos, sendo descriminados socioeconomicamente, pela elite capitalista dominante, desumana, cruel e racista!

Anchieta Guerra

FolhaPatoense 

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