Ricardo Coutinho é citado em denúncia pela Veja envolvendo a Conab.

No dia 23 de setembro de 2008, o vereador professor Paiva (PSDB) da coligação "Por Amor a João Pessoa", flagrou caminhões da Empresa de Limpeza Urbana da Prefeitura de João Pessoa, jogando no lixo mais de oito toneladas de feijão preto. Todo o produto foi filmado e fotografado no aterro sanitário da capital. 
O então candidato a prefeito João Gonçalves, ao tomar ciência do teor das investigações da Policia Federal chegou a declarar que as denúncias com Ricardo Coutinho, no período eleitoral, não se tratavam de factoides, mas sim de fatos verídicos. O parlamentar classificou de nociva às ações implementadas pelo prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho na época da campanha eleitoral.



A Paraíba tremeu neste sábado, 13, com a Revista Veja. A reportagem tem potencial para mergulhar numa atmosfera insondável. A denúncia é sobre a destruição de 100 toneladas de feijão preto durante a campanha a reeleição de Ricardo Coutinho (PSB) a prefeito de João Pessoa em 2008.


A denúncia foi feita pelo ex-vereador Severino Paiva, ex-PMDB, e transformada em uma ação eleitoral movida pela Coligação “Por Amor a João Pessoa”, defendida pelo então candidato derrotado João Gonçalves (PSDB), hoje aliado do governo socialista de Ricardo.


Caminhões da Empresa de Limpeza Urbana – Emlur – foram flagrados transportando toneladas de feijão preto jogando no aterro sanitário de João Pessoa. Tudo foi fotografado e filmado e colocado à disposição da Justiça Eleitoral, também da Polícia Federal.


A Revista Veja conta a história desse escândalo em sua edição deste final de semana, remontando ao tempo em que o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, presidia a Companhia Nacional de Abastecimento, Conab. A denúncia surgiu no dia 23 de setembro de 2008.


Eis os principais trechos da reportagem da “Veja” deste final de semana, envolvendo o escândalo do “feijão preto” da campanha à reeleição do então candidato Ricardo Coutinho, que contou com a ajuda do ministro Wagner Rossi, enrolado com as denúncias em sua gestão na Conab: “No final de 2007, a estatal doou 100 toneladas de feijão para a Prefeitura de João Pessoa, então comandada por Ricardo Coutinho, do PSB, hoje governador da Paraíba.
O feijão deveria ser distribuído entre familiares de baixa renda, mas como havia uma eleição municipal em 2008, o prefeito decidiu guardar parte do estoque. Funcionário da Conab há 25 anos, Walter Bastos de Moura descobriu a irregularidade e a denunciou diretamente a Wagner Rossi, em abril de 2008. Rossi prometeu tomar providencias.


Como nada aconteceu, Walter Bastos passou a vigiar a mercadoria estocada. Em setembro, a poucos dias da eleição, ele recebeu a informação de que o feijão seria enfim distribuído e acionou a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral. Para evitar o flagrante, diz ele, a prefeitura decidiu sumir com as provas e despejou 8 toneladas de feijão no aterro sanitário de João Pessoa.

A história chegou a ser explorada como denúncia contra o prefeito, mas era muito mais grave: tratava-se de um flagrante do uso político da Conab para favorecer aliados do governo federal. Num acesso de sinceridade, o ex-presidente da empresa Alexandre Magno Franco Aguiar, que sucedeu Rossi na empresa e hoje é o seu assessor especial no ministério, confessou a VEJA que o próprio Rossi usou o expediente de distribuir alimentos para conseguir votos, inclusive favorecer eleitoralmente o filho, Balela Rossi, deputado estadual e presidente do diretório do PMDB de São Paulo.”  


Patosonline
Politica da Paraiba
São Mamede 1
Zé Luiz Mineiro



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