Efraim Filho debate fim do foro privilegiado
O deputado Efraim Filho (DEM/PB)
apresentou, nesta quarta-feira (16), o plano de trabalho para os debates na
Comissão Especial que discute a extinção do foro privilegiado. Já
foram aprovados os convites ao juiz Sérgio Moro e o procurador da
República Deltan Dallagnol.
O parlamentar iniciou ressaltando o grande
número de autoridades que hoje tem o foro por prerrogativa de função.
“Segundo um estudo recente, temos hoje
54.990 autoridades com foro especial, ou seja, o que era para ser uma exceção
acabou tornando-se a regra”, afirmou.
Efraim Filho enfatizou a mudança do
objetivo inicial do foro privilegiado. “Com o passar dos anos, a excessiva
amplitude do instituto e a morosa tramitação dos processos nas altas instâncias
judiciárias nacionais tornaram o foro especial obsoleto, transmitindo à
sociedade apenas uma mensagem de impunidade e de blindagem a crimes cometidos
por autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do Ministério
Público”, argumentou.
O parlamentar paraibano reforçou que é
preciso, portanto, atender a essa demanda da população. “Hoje a sociedade não
tolera as distorções do foro especial por prerrogativa de função, que gera um
excessivo “privilégio” para as inúmeras autoridades beneficiadas pelo
instituto”, disse.
No plano de trabalho o relator propôs a
realização de audiências públicas para Efraim apresentou uma lista de
autoridades que pretende convidar para debater o tema na Comissão, entre eles
os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, Dias
Toffoli e Alexandre de Moraes; o presidente da OAB, Carlos Lamachia; além de
juristas.
O deputado apresentou também requerimento
para que possam ser realizadas audiências públicas fora do Congresso Nacional.
“É um debate muito importante, do qual a
sociedade quer e tem o direito de participar”, ponderou. “Essa discussão pode
ser um marco histórico para o parlamento e não podemos retroceder”, concluiu.
MaisPB
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