O deputado federal Luiz Couto, do
PT, é o único paraibano titular na Comissão de Constituição, Justiça e Redação
da Câmara Federal. Neste domingo, 9, ele divulgou em seu perfil no Facebook um
vídeo no qual deixa clara sua postura em relação à denúncia apresentada contra
o presidente Michel Temer e que estará no centro das atenções da Câmara dos
nesta semana. A acusação foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) e, para ter prosseguimento perante a Justiça, precisa ser admitida pelos
deputados em duas etapas de votação: primeiro na CCJ, depois no plenário.
"Tem gente que ainda
pergunta como eu votar em relação ao impeachment de Michel Temer. Meu voto é
pela concessão para que ele seja investigado pelo STF. Tenho certeza que as
provas encaminhadas pela Procuradoria Geral da República são consistentes e de
extrema gravidade. Nós temos que autorizar e faremos isso. Espero que os outros
paraibanos que também são membros da CCJ também possam votar pela autorização.
Esta é a hora de mudar a face desse País e botar para fora um presidente que
constituiu uma quadrilha e está envergonhando todo o Brasil", explicou
Couto.
Na CCJC figuram como suplentes os
deputados paraibanos Efraim Filho (DEM) e Wellington Roberto (PR).
O trâmite na CCJ terá início
nesta segunda-feira (10) à tarde, com a leitura do parecer do relator Sérgio
Zveiter (PMDB-RJ) pela admissibilidade ou não da denúncia. Ainda na
segunda-feira, logo após a apresentação do relator, a defesa de Michel Temer
deve fazer a exposição oral de seus argumentos na CCJ.
A partir de quarta-feira (12), os
membros da comissão devem começar a fase de debates em torno do parecer. A
expectativa é que a discussão se estenda por mais de 40 horas, já que a
presidência da comissão permitiu que todos os 66 membros e seus respectivos
suplentes tenham direito à fala por até 15 minutos.
Há a possibilidade de até 40
deputados não membros, 20 contrários e 20 favoráveis ao processo, se manifestam
por até 10 minutos cada. A lista de inscrição para os oradores será aberta meia
hora antes da sessão de quarta-feira. A presidência do colegiado já adiantou
que os trabalhos da comissão não vão se estender pela madrugada.
Até o momento, ainda não foi
definida data para votação do parecer pelo colegiado. Mas, de acordo como
Regimento Interno da Câmara, a comissão deve encerrar a tramitação da denúncia
no prazo de até cinco sessões contadas a partir da entrega da defesa escrita de
Michel Temer, ocorrida em 5 de julho. Na última sexta-feira (7), os deputados
governistas garantiram quórum no plenário com o objetivo de acelerar o
processo, contando o prazo de uma das cinco sessões.
Em decorrência da relevância da
matéria e para evitar confusão, o acesso à sala da CCJ ficará restrito aos
parlamentares, servidores autorizados e imprensa credenciada. O ingresso de
pessoas na Câmara portando banners, cartazes, faixas e similares ficará
proibido e caberá aos agentes do Departamento de Polícia Legislativa o controle
do fluxo. O mesmo procedimento foi adotado durante a análise do processo de
impeachment da então presidenta Dilma Rousseff.
com Agência Brasil
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