segunda-feira, 23 de abril de 2012

Junco do Seridó vive drama da seca


Mais de meio milhão de paraibanos de 134 cidades estão sendo afetados pela estiagem prolongada que dura cerca de oito meses e já é apontada como a maior seca dos últimos 20 anos no Estado, segundo a Aesa, Fetag e Faepa. No período de janeiro a março deste ano, o volume de chuvas registrado em todas as regiões do Estado ficou abaixo da média histórica e não foi o suficiente para garantir armazenamento nos reservatórios e nem a produção de grãos, sobretudo milho e feijão, que tiveram uma perda de 100% das áreas plantadas.

As regiões mais afetadas pelos efeitos da estiagem são o Cariri e o Sertão, onde o volume de chuvas acumulado nos primeiros meses do ano foi de menos 75% e 70% respectivamente. Com a falta d'água, as vítimas da seca estão tendo que contar com ações emergenciais, como a distribuição de água da Operação Pipa e outros pagam até R$ 100 por um pipa de água. Outros que não contam com o beneficio estão tendo que deixar suas casas em busca de melhores condições.

O drama vivido pelos moradores dos municípios atingidos nas regiões do Sertão, Cariri, Agreste, Seridó e Curimataú vão desde a falta de água de água para o consumo até os prejuízos provocados pela falta de pasto para os animais, que estão morrendo de fome. Na cidade do Junco do Seridó, distante 205 km de João Pessoa, o reservatório secou no mês de dezembro do ano passado e sem contar com sistema adutor, os mais de 6,6 mil habitantes da zona urbana e rural, estão tendo que sobreviver com água de poços que foram perfurados nos bairros e também pelo abastecimento de carros pipas contratados pela prefeitura.

A cidade contava com o programa assistencial da Operação Pipa, comandada pelo Exército, mas há duas semanas, o beneficio está suspenso, por atraso no repasse das verbas para custeio. "Além dos caminhões pipas, foram perfurados poços e a prefeitura teve um gasto de mais de R$50 mil com a compra de bombas para garantir água aos moradores. A situação no Junco é crítica", disse o prefeito Cosmo Simões de Medeiros.

O prefeito alega que o município é o único localizado as margens da BR-230 que não conta com abastecimento e sistema adutor. A população organizou um abaixo assinado pedindo ações emergenciais para o combate a seca na cidade.

Correio

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